MOLETOM

Ei, mulher
Tu tem a manha, tu me ganha
Sempre que tu quiser
Um vinho bom, um som, uma transa
Tu na ponta do pé
Tu me arranha, me acalma me chama
Eu tô pronto pro que der e vier
Ou pro que der e vir
Sempre incerta senta
Arruma as coisas e sai de manhã
Leva a paz, leva mais, leva tudo
E da próxima vez me leva junto
Perde o assunto, que mesmo assim a gente inventa
O mundo tá um caos, minha nega
Teu coração frio como inverno sinto
Que outra estação já vai chegar, não nego
Hoje abri o guarda roupa e vi

Que o mundo tá um caos, minha nega
Teu coração frio como inverno sinto
Que outra estação já vai chegar, não nego
Hoje abri o guarda roupa e vi

O quê que eu faço com esse moletom?
O que que eu faço com esse edredom, meu Deus?
Sem você faz frio de qualquer jeito
Sem você congela o coração

O quê que eu faço com esse moletom, hein?
O quê que eu faço com esse edredom, meu Deus?
Sem você faz frio de qualquer jeito
Sem você congela o coração

E no armário lá de casa deixou shortinho floral
Pós banho, canga de praia e um ‘biquinin' fio dental
Tomava água de coco
Pra mim só Brahma e Corona
Uma gostosa magrinha
Com uma bunda grandona
Ela era o Sol em forma de gente
Hoje tá frio e ela era quente
Tá com o blusão só que de outro mano
O edredom ainda tem teu batom da Givenchy que nós ‘borramo'
A dama saiu lá de casa, me deu game over preferiu o play, mas quando

Foi no meu barraco à luz das estrelas que eu te cantei
Que eu sou de poucas palavras mas tava na cara quando eu te queria
E quando eu não tava contigo dava frente fria no peito do cria

Ela era Sol em forma de gente
Hoje tá frio e ela era quente
Ela era Sol
E hoje tá frio

O quê que eu faço com esse moletom?
O quê que eu faço com esse edredom, meu Deus?
Sem você faz frio de qualquer jeito
Sem você congela o coração

O quê que eu faço com esse moletom, hein?
O quê que eu faço com esse edredom, meu Deus?
Sem você faz frio de qualquer jeito
Sem você congela o coração