Suspenso ao chão traços na areia e o sol lá no alto
Poderoso sábio e feroz, algoz, dos que choram de pé
Ah, como foi passou e o sol lá no alto
Nas espumas do mar, vento de paz ficou, com a chuva batendo na areia

Do barro cigano, Jerusalém, além, além
De capas longas e uma b

Não faz muito
Que se viu a infância a rodar
Cambalhotas num breve lugar
Num ingrato desaparecer
Mas eu brinco
Pique-pega com a minha inocência
Nas verdade de uma consequência
Que se esconde num jogo de azar
Que se esconde num jogo de azar
Que se esconde num jo

Convoco minhas lágrimas pro meu sertão
Em terras cultivas pelas minhas próprias mãos
Ventos me trazem, gargalhadas em alta voltagem
Coragem meu irmão, alto lá, somos todos filhos de adão

Descendemos do cansaço da tia da poesia
Da tecnologia implantada na revolução
Somos

Quando eu nasci achei que ia ser tranquilo
Fui entrando pela vida como fosse um paraíso
Sai do casulo tão quentinho de mainha
Tinha abrigo, colo, água, carinho, comida, tudo

Cheguei nessa coisa d’água chamada de terra
Uma interminável guerra já estava me esperando
E viv

Então acorda e vem pro mundo
Deixe o dia sobre a mesa
E as roupas num varal
Não se guarde pro final
Quando o sono encontra a cama
A vida foge de você
Seu muro ruiu

Nos primórdios do futuro
Quando o agora ainda é tarde
Há um céu sobre os seus pés
E uma in

O lado que foi
Vai ser melhor quando voltar
Melhor do que foi
Não dá, se foi, chega de lá

Lá, tudo é maior, tudo é, tudo é, tudo é, já deu
Nascem ondas novas
Vulgas luzes te perdão

Faltará a lua
Faltaram luvas pra parir
E quando eu acordar
Baroas vão s

A obra plana que eu vejo, tudo que não é real
É outra parte do homem, é a ponte manancial
A tela-prima dos tempos, o riso falho da for
É um incesto sagrado, são as lágrimas de um traidor

Um coronel sem destino, com a garrucha fatal
Rouba o mar de um menino e joga num canavi

Portas do milênio se abrindo
O novo tempo, em breve
Na foto vira o antigo
A brisa leve do agora
Desaparece na esquina
O sol latente da aurora
Já não combina comigo

Palavra: Filha do tempo
Como um tormento enjaulado
Quanto mais penso, mais nego
Meu univer

Nasceu um índio, completamente social a ponto de querer falar comigo
Em pleno engenho do seu ritual, pintando o seu retrato em meu destino
Bordando o seu retalho ateu

Quase cristão, quase cético, quase amoroso
Quase, quase tudo, quase um canibal
Filho do bem, sobrinho do ma

Ijexá chamou sinhá, logunedé, oya
Vim de lá, em barco, em par, discípulo de obá
Olokun, yorubá, tupi, itaipu, latim, cocar
“Sambaquilombo” altar, eu vi tu fincou rente ao mar

Passam são pela avenida cavalos de aço lírios de algodão
Doce luar de são todos astro rei de fogo q

Querem podar seu canto
Lhe revender na feira
Na rinha deu-se o espanto
Por tanto ser quem eras
Um animal, um santo
Um tanto pai da terra

Querem matar-lhe moço (com seus tipos e tamanhos)
Alçar-lhe num cargueiro (seus jeitos, seus defeitos)
Pintar seu corpo todo<

Não importa
Eu só vou se você for
Comigo pelos lavapés
A luz da sombra de um pomar
Colher o rio a nossos pés
E juntos piqueniquear
A beira mar de um mar sem fim

Não importa
Eu só vou se for pra ler
Desperto ao som dos teus sinais
E nos teus braços vi cre