A cura está na luta!

Guiando o próprio caminho
Junto aos companheiros
Que também escolheram os trajetos
Que levam a uma
Vida mais digna
As cicatrizes
Já não trazem a dor
Mas lembram o passado
De consciência sofrida
Com uma vida danificada
Em uma situ

Nos querem apáticos
Acorrentados
Abatidos
Nos querem calados
Domesticados
Apreensivos

Pulsos de corações que ainda batem com raiva
A crença na retaliação nos manteve vivos

Chame de vingança
De justiça, reação
Chamo de mudança
De esperança
Repar

Invadir, não ceder
Lutar para ter
Terra pra plantar

Avançar, pressionar
Se organizar
Confrontar o poder

Massacre
Eldorado
Dos Carajás

Não iremos esquecer

Mortes em vão
E até então
Nada mudou

Onde está reforma agrária?

Há justiça

Ardem

Chamas
Criminosas
Devastação do que
Estiver no caminho

Armas
Do latifúndio

Causam

Rastros de sangue
De povos indígenas
E quilombolas
Cruelmente atacados

Acordo imperialista
Em um projeto entreguista
À base de retrocessos

Esvaziado de emoção
Quando você desiste
Dói

A angústia cedeu ao vazio
Fria
A apatia cai e esmaga

Não há como fingir e vibrar, enquanto milhares caem mortos
Não há como sentir o sabor doce, se a fruta está apodrecida
Não há como fugir e gritar, quando não exist

Escuridão
Silêncio noturno
A precisão
Momento oportuno
Exatidão
Lançar feitiços
Pra salvação
Mundo arruinado

Elas voaram e cantaram canções - libertar
Elas viram mais do que viam em padrões - articular
Elas planaram em suas posições - preparar
Elas b

Não pertencer ao que só existe
Dentro dessa máquina
Que dirige, define
Acelera a urgência
Em viver a vida
De desejos impostos
Percursos definidos
De metas à alcançar

Automatização do sentir

Anseio sair dos trilhos
Tentar parar
Cedo, perco os sentid

Funerais proibidos
Caixões lacrados
Vida interrompida
Enterros à luz da Lua
Madrugadas à dentro
Sem despedidas

Incompetência
Fundamentalismo
Negacionismo
Genocídio

Homicidas sanguinários
protegidos pela lei
Abusivos, arbitrários
Você é refém

Heróis da burguesia
Mais um braço do poder
Querem tirar nosso direito e dizer

Proteger o cidadão?
Liberdade?
Repressão!

Proteger o cidadão?
Liberdade ou re-pres-são?

Tomar a foice do ceifador
Inimigos de deu$
O mundo que eles conheceram acabou
O sistema ruiu

Frutos do caos
Que a violência gerou
E o pai se ausentou
Tomar a voz do pregador
Destruir seu templo

Com os olhos negros e
Coração vermelhos

A mais obscu

Esperança e sentido: Sonhos
Aceitar e acatar: Metas
O convívio coletivo é perda
Sozinho e com o seu esforço, ganhar

Naturalizam violências
Imobilizam resistências

A burguesia prega
O individual
Pois sabe da força
Do coletivo

Que a levaria à ruína

Fora! Uh!

Neoliberalismo
Aos ricos, proteger

Negro, pobre e mulher
Sem espaço e dizer

Controlar a informação
E então convencer

Que cortar benefícios
É a solução

Golpista! Fascista!
Deforma, não reforma

"Se você se esforça
Você pode venc

Orgulho e vaidade
A vida de aparências
Amar virtudes, o espelho.

Mostrar ser mais e melhor
O que eu sou? O que o outro vê.
Viver em comparação.

Eu,
Acima.
Eu,
Vencedor.

$Enhor no inferno a escravo no céu.
O oprimido se torna opressor.
Mostrar

Lembranças moldadas na intenção
De gravar uma história amena
As lentes das câmeras registraram
Um esboço de uma vida plena

Dados
Manipulados
Rastros de uma existência que se foi
Apagada em um sistema

Dados em memórias são
A poeira da realidade
Verdades

Exaltação de poder
A besta clama por sangrar
Esteja pronto pra obedecer
Pois ela quer te machucar
Treinados pra tortura
Confrontos sem reação
Cães da burguesia
Controle da população
Coação

Exaltação de poder
A besta clama por sangrar
Esteja pronto pr

Um corpo que nunca descansa
Sem direito de adoecer
A condição se tornou designação

Jornadas solitárias
Entre multidões
Presos a cabos de engrenagens
Que sugam a vida

Gota por gota
Apodrecemos
Por dentro e por fora
Continuamente produtivos

A mente

A degradação do resto da vida
A volta ao solo
Não há crença, não há luz divina
Apodrecimento em vão

As memórias, a vida perdida
Vazio sem solução
A consolação
Decomposição
Finda o ciclo da vida sofrida

Não há recompensas
As angústias, palavras não dita

Cada vez que me levanto,
Penso no dia que vou ter.
Penso nas pessoas
E o que elas fizeram para nos foder.
Tiraram o direito de morar,
Tiraram o direito de viver,
Nos dão uma razão para lutar,
Mas não nos dão chance de vencer.

Já lucravam com a nossa exploração

Tudo parece ter sido em vão
Esqueço o mundo, ignoro a razão
Era pra ser, não foi
Sensação de vazio corrói.

Não mudará
Não mudará
Não mudará
Não mudará

Não passarão
Não tolerarão
Não escutarão
Não perdoarão

Ódio, intolerância camuflada
Ódio gera guerras infundadas
Ódio, efeitos extremistas
Ódio devasta e não constrói

Você não vê?
Que julga, exclui?
Acredita nas mentiras que conta pra si mesmo