O amor
É uma coisinha danada
Arapuá no cabelo
É uma unha encravada

Pegou de jeito
De repente tô no espelho
Faço unha, pinto o cabelo
Tô querendo "imbunitá"

O teu amor
Me deixa aceso de verdade
Sem pensar na minha idade
Eu só quero te amar

Bei

Calango vem, calango vai
Calango fica, calango sai
Calango vem, calango vai
Calango fica, calango sai

Calango calango ligeiro
Calango calango faceiro
Calango calango ligeiro
Calango calango faceiro

Calango corre,
Sobe o morro bem ligeiro
Eu já vi calan

É mais um amanhecer, é o relógio a bater
Na igreja da conceição
É o apito da usina, é o amor de uma menina
Que invade o coração

É a fumaça do engenho, é o barulho do trem
Chegando na estação
É lembrança, é saudade que eu sinto dessa cidade
Que ganhou meu coração

Serrador, lá no pé da serra
Serrador, quero ver serrar
Tocador pega na viola,
Embolador pega no ganzá

Sou potiguar, potengi, potiguarino
Menino venha no tino da poesia potiguar
Eu vou cantar na língua que dá no coco
Nesse verso de "cabôco", nesse brasil popular

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Eu vou lhe dar um cocorote
Se você não for pro xote
Se você não for
Dançar coco no salão

A mulherada tá na base da chinela
O forró tá na canela
No fogo do lampião
E o sanfoneiro puxando o fole no salão

Eu preparei meu coração
Todo cheio de paixão
Pra v

Do espinho nasce a rosa
Que um dia já foi botão
Do meu pinho eu tiro a nota
Que um dia será canção

Da semente nasce o gérmen
De uma nova realidade
Tão somente da vontade
Nasce uma nova sociedade

Mas já dizia o poeta:
"um andorinha sozinha não faz verão"

Eu venho lá do Agreste
Desde o tempo de menino
Mergulhando nos açudes
No riacho cristalino

Vim descendo a correnteza
Lá no Rio de Redenção
Segurando as ramas verdes
Na barragem desse chão

Correndo dentro do mato
Na sombra dos cajueiros
Onde a lua prate

Moinho de pedra, moinho
Quanta saudade me traz
Saudade, lembrança de um tempo
E a história presente se faz

Fazenda, roçado, moinho
Na pedra, no barro, no chão
Carro de boi no caminho
Passarinho matinal

Fogão de lenha, farinha
Panela de barro e girau
Co

Timbaúba dos batistas
Fibra do sertão fiel
Timbaúba dos clementes
Minha panela de mel

Tua história esta escrita
Nos teus bordados e rendas
Nos engenhos de madeira
Que já viraram legendas
Onde o boi manso gemia
Na rotação das moendas

Timbaúba dos batist

O amor é assim mesmo
Perdoa todos os defeitos
Esquece toda mágoa
Quando estou junto de você

É fel que adoça a boca
Faz sorrir também sofrer
É saudade que fere sorrindo
Se estou longe de você

É dor que todos querem
Mesmo sabendo que não se acaba
É calor

Ranchinho de paia,
Que abriga você
Nas paia do coqueiro
E só a lua nos vê.

Ranchinho de paia,
Onde tudo é amor
A beleza na praia
E o canto do pescador.

Ranchinho de paia,
Onde o chão é de areia,
Onde nós dois se "agasaia"
Nessa casinha tão feia.

Eu vou descer a ribeira
Vou rever o passado,
Passado de glória
Trampolim da vitória

Itajubá declamando
Seu poema de amor
E o suor pelo rosto
Encantando as flores

Na rua das virgens
Mestre cascudo passeava
Escrevendo a história
Do nosso povo brasile

Eu vou, eu vou
Pro São João de Mossoró
Se você não quiser ir
Fique aí que eu vou só

Acenda a fogueira
Caia nesse forró
O forró tá animado
Quero ver é dar o nó

Pegue a zabumba
"Esquenta-muié"
Quebre o resguardo
Caia aqui no arrasta-pé

Saudade, bichinha "inxirida"
Saudade, visita não esperada
Saudade, maltrata e judia
Coisinha perdida, dorzinha danada

Se ela tem nome é espinho de jurema
Vaga-lume sem luz, passarinho sem ninho
Roseira sem flor, fogão apagado
Parto cheio de dor

Saudade tem gos