A canção do teu olhar
Brilha mais
Que a emoção
Do nosso sonho

O estribilho
Do teu brilho
Brilha mais que a lua azul

O endereço dos meus passos
Se tem regresso
Eu faço
Uma nova canção
Atento ao teu ser
Sem pretensão de ser
Já sendo

Abracadabra
Por onde formos
Tem nosso passado
De cada berço alado
Tem nosso nenem
Por cada rio
Que a gente canoar
Tem as ribanceiras
Do nosso vai e vem
É como cem
Depois de voce
Ter só um
Tempo para meditar
Ou dar tempo
Pra esquecer
Qua

Quando minha saudade
Invade a alma do ribeirão
Troveja por ti meu sonho
Corre o riacho em contra-mão

Flutua o amor sem destino
Buscando outros mares
Água viva de cantares
Devoluta invocação

Chuva de amor à parte
Paixão daquelas que arde
Devora as franj

Amor de eu pra eu
Com risco da paixão
Dengo meu
Encanto do que ficou
Sentimento a sentimento
Réstia de atenção
Da vontade que invade o coração

Na trilha da saudade quente
Seu olhar resta ainda no brilho do retrato
Serve para toda vida e marca o tempo
Só

Tem um desejo
Imaculado no meu peito
Abre a janela do teu coração
Quero espiar se o teu amor
Está no jeito
Se madurou a fruta da paixão

Tô arranchado no teu pensamento
Trago argumentos pra nosso querer
Vou viajando nas asas do vento
Buscando a flor da pri

Quase esqueci de anotar
O atalho dos meus erros
Pra entender os segredos
Que a tinta traz pro papel
Pintando a forma do céu
Com apenas um tracinho
E as asas de um passarinho
Batem pra nos dizer:

Nem todo sono de rede
Tem o balanço dos sonhos
E às vezes o

Eu convidei
Voce disse que não ia
Quando fui à Bahia
Você ciumou

Quando voltei
Lhe falei das maravilhas
Santas praças, tantas ilhas
Tanta vida, tanto amor

Tanto negrume ritimando minha alma
Meu coração bateu palmas
Salve oh! Linda salvador

Meu bo

Ai, quando a saudade invade a gente
E o passado se faz presente
Não dá pra segurar
Ai vem à tona uma paixão antiga
Reacende a brasa dormida
Do fogo do coração

Procurei seus beijos em outras bocas
Mas você beija como poucas;
Não te encontrei.
Volta pra mim,

Não te ponhas calada
Porque o tempo é veloz
Incontido e voraz
Onde andas há os sonhos
Joias do firmamento
Alegria e sentimento
Segredos pra desvendar
Por um artista de rua
Que faz versos pra lua
E pra quem sabe amar
Quando o mundo gira em harmonia
No b

Meu coração
Caiu na tua rede
Vim matar a sede
No açude do teu olhar
Por ser demais
Cansei de ser sozinho
Sou passarinho
Mas não sei voar

Por todo amor
E com todo respeito
Arrumei um jeito
De te coroar
Serás rainha
Quando eu, rei supremo

Nem o anto das lavadeiras
Nem caretas de carrancas
Nem chuva na cabeceira
Nem a franja das barrancas

Nem bando de borboletas
Em forma de aquarelas
Nem a espuma das maretas
Na proa de um barco à vela

Não se ouve pescador
Entoando assobio
Tecendo a rede

Quando eu beijei a cor da tua pele
Nobre, linda, plebe
Senti a força do teu coração
Sem entender tudo que se revele
Agucei a febre
Que foge à razão

Negro, branco, índio
Mas se o amor é lindo
Escapa à visão

Tu vens do dom do mato
Regado a riachos
En

Cavaleiro andante, tantos continentes
Navegante Araripe dos mares que há
Guerreiro do sonho dos povos carentes
Das lutas lutadas e que estão por lutar
Dos negros, do homem do canavial

Calejadas sombras, enxadas na mão
Palácios, mocambos, terra desigual
Coragem ma

Chega de solidão
Quero seu perdão
Vamos recomeçar
Assumo minha culpa
Lhe peço desculpa amor
É humano amar

A dor me ensinou
O amor é uma flor
Tem odor e tem espinho
Quem não souber cuidar
Pode se machucar
E acabar sozinho

Então me diga
Que m

Quando as águas rolaram do oceano
Destilei cada mágoa desse mar
Solidão inundou meu coração
Viajei procurando te encontrar

Procurei veredas no infinito
Fiz do velho um novo tempo luminar
Procurei longarinas no deserto
Pra saber quantas léguas caminhar
Encontrei

Acordei pensando em ti
Flutuando em solidão
Cada imagem que eu li
Teu olhar em contra mão

Os passos retraídos da nossa palavra
Perdidos no asfalto da longínqua estrada
Lágrimas num cinzeiro no canto da sala

Aí me perguntei! Por onde anda o amor
Será que se per

O saldo do abraço
Tem um custo
Mas a balança da razão
Não sabe entender
Que cada coração
Carrega um fardo
Doce, travoso, á márgem
Apartado do porto
Do seu bem querer

Depois de tantos mares
Terras, desilusão
Descrendarás viagens
Desancoração

Te procurei pela
E estou às escuras por não te encontrar
Toda sombra que vejo nos olhos
Ainda me assombra pois você não está

E um sonho que não é muito doce
Me amarga a garganta
Eu não queria chorar

Mas meu peito ainda dói, dói dói
Machuca e corrói
Mas meu

O vento solfeja as linhas do tempo
Que eu desenhei
Nas curvas dos teus caracóis
Me sobrou a sorte
Do teu olhar mimoso
Que beijando o rosto
Do amor se fez gosto
Pra gente bailar

Dois querer
Pra quê tanta asa sem poder voar
Vem dizer
Que o amor é subli

Toda realeza tem o dom
De advinhar um novo ser
Toda beleza tem no seu batom
A nobreza do viver
Dona Tereza Mariá
Filha de outra maria
Num portal de coisas boas
Ser feliz, mãe; é ser sua cria

Ser teu menino
Me adulta muito mais
És um novo cais
A esper