Andam dizendo que nessas terras
Existe lenha em volta do rei
E eu respondo que vá à merda
Eu me preocupo com o meu português

Que já não basta ver no submundo
Subproduto de pop ralé
O underground é quase um insulto
Comendo fruta com faca e colher

Cadê a honra d

Tem pais que dão escola e dão emprego
Tem pais que dão carinho e confusão
Mas eu não vou julgar
Quem sou eu pra falar
Eu nunca tive lá
Nem você

Eu vejo você nela o dia inteiro
Contando cens anéis plaquês de mil
Mas eu não vou julgar
Quem sou eu pra falar

Canta
Que tu não é dessa dança
Que tu não é dessa festa
Que tu não é desse lugar

Volta
Que eu quero você de volta
Que eu quero você depressa
Que eu quero você pra mandar

A pressa pro caralho
Que eu não sou de parar
Eu quero te prender inteira
Dá a

Você deve notar que não tem mais tutu
E dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira
E dizer que está recompensado

Deve, pois, só fazer pelo bem da nação
Tudo aquilo que for ordenado
Pra ganhar um fuscão no juízo final
E diploma de bem comportado

Fala, quer invadir
Mas não chega lá
Tá botando marra
Só botando grana
Mas não bota a cara
No final de semana

Isso não é pra mim
Mas eu chego lá
Tô dando porrada
Em vacilão que chama
Tô enchendo casa
Tramando as minha trama

E você
Se tá aper

Vocês são todos idiotas
Se mordendo feito todos idiotas
E se prendendo quase sempre à mesma bosta
De que o mundo se entende por aí

Me apresenta o teu dilema
Da tua varanda sai no máximo um poema
E como todos temos todos uma algema
É culpa toda minha também isso aí</

Num serviço de auto-falante
Do morro do Pau da Bandeira
Quem avisa é o Zé do Caroço
Amanhã vai fazer alvoroço
Alertando a favela inteira

Ai como eu queria que fosse em Mangueira
Que existisse outro Zé do Caroço, Caroço, Caroço
Pra avisar de uma vez pra esse moço