Quero ver nascer
Teu futuro em meu
Correr por aí
Como quem não tem medo de viver
O agora

Tudo aconteceu
E desvaneceu
Em um tempo que sequer chegou
E te levou então
Embora, embora

Teu futuro em meu está
E vai se desdobrar
Num sol que brilha e qu

Ponho rosas num buquê
Me apresento na tv
Faço caridade
Até visito hospitais

Me declaro com carinho
E o que é que eu vou receber em troca?
Até a ingenuidade anda nas páginas policiais

E o mundo é um divã
À minha imagem
Eu me amo, eu me adoro
Acima de tu

O dia começa a crescer
Vou lá ver se posso correr
Como um assobio tocando-me as costas
Ou olhar-me nas borbulhas

Tenho que aprender a voar
Entre tanta gente de pé
Cuidam das minhas asas os gnomos de lata
Que de noite nunca riem

Se a chuva chega aqui
Eu não

As calçadas
Todas mortas
Humilhadas
Pelos pés
De quem anda
E desanda
Numa busca
Sem viés

Um menino
Sem a bola
Sem vitória
Nasce aqui
Os teus prédios
Te engolem
Ninguém sabe
Onde ir

Todos pertos
E tão longes
Desencontros

Desculpe
Se eu fiz você chorar
Essa frase não é minha
As coisas só mudaram de lugar

Desculpe
Mas não tenho uma resposta
Meu passado te condena
Meu futuro te aprisiona
É tanto desencontro que até perdi o ponto
E um medo tolo que nos toma conta

Queria

Há quem diga que o amor é sorte
Mas a sorte é de quem jogar
E que a vida não tem mais volta
No momento em que acelerar

Quando tudo anda tão depressa
Eu perdi a conexão
Te encontrei pelo meu caminho
Como quem não quer nada não

Foi destino que agiu sozinho
Q

Precoce o durazno
Ali despencou
Sua pele era rosa
Dourada do sol
E ao ver-se ao meio
De todo o pomar
À margem de um rio
Sua fé o fez chegar

Dizem que neste vale
Os duraznos são dos duendes

Passou certo tempo
No mesmo lugar
Até que um dia
Se

Ela também se cansou deste sol
Saiu a molhar os seus pés lá na lua
Ela também se cansou deste sol
Saiu a molhar os seus pés lá na lua
Saiu a molhar os seus pés lá na lua

Quando se cansa de tanto querer
Ela é tão clara que já não é nenhuma
Quando se cansa de tanto qu

Tens deixado noites
Noites do adeus
A certeza dos teus olhos
Crê que me vou

Tens deixado um céu
Para amanhecê-lo agora, aqui

Cruzas solitário
Pontes entre ti

As flores e o silêncio
São coisas do amor

Tens deixado um rio
Para atravessá-lo agora,

Um dia saí
O destino abracei
Sem ter como errar
Porque não esperei

Fui à Santa Fé
Bahia, Brasil
De Caetano a Ramil
Buenos Aires,
Gardel a Charly Garcia

America hermosa
Tierra de la mañana
Y entre tanto dolor
Fusión de color

O mundo a teus

Maribel
Despertou
Em um mundo novo que começou

Carrossel já girou
Tenho a sensação que nada mudou

Mas canta, canta por toda a vida
Canta com emoção
E ao chegar
Vais achar
Uma brisa que vai te libertar

A gente vivia se amando
Sem hora pra acabar
Brincando de qualquer coisa
Jurando um para o outro
Não sei viver sem você

Agora você foi embora
Sem hora pra voltar
E eu, que esqueci de um detalhe
Te lembrar, meu pequeno brinquedo
Eu não sei viver sem você

O vinho esquenta, sonhos faz lembrar
Lembro tua boca, verdadeiro dulçor
E entre os livros da minha memória
Fico ouvindo como um cego em frente ao mar

Minha voz chegará
Minha boca também
Talvez eu te direi
Que eras o vestígio do futuro

Vermelho e verde, luze

Tenho tempo para saber
Se o que sonho vai dar em algo
Não te apresses jamais, loco
É desse jeito assim que as horas

Passam
O dia é vidro sem sol
Passam
A noite te oculta a voz

E além do mais, tu queres sol
Devagar também podes querer a lua

Velha árvo

Se ao teu coração eu chego
Tudo sempre se pode escolher
Não me deixe entre paredes
Eu só quero estar entre tua pele

E se acaso não brilhar o sol
E eu ficasse trancado aqui
Não veria a razão
De seguir vivendo sem amor

E hoje enlouquecido saio
Buscando o teu

Você tem a chave do meu sexo
O teu corpo é encaixe certo
No meu quebra-cabeças desconexo

A gente se perdeu por pouca coisa
Pouca coisa é o que me interessa
Não sou propaganda de cerveja

Minha cama é um livro aberto
Pra ser lido e ser descoberto
Cobertores e le