A Luz da Lamparina

Chico de Abreu

A luz da lamparina

O cheiro da resina

Fumaça no quintal

É vento é temporal

O sol batendo apino

O gado o bananal

O verde da campina

A roupa no varal

A casa sem reboco

Um poço um velho um moço

Canta Luzia um lindo canto de amor
Mostra que a vida cantando tem mais valor
Diga Luzia dá prá viver sem cantar
Qual é o preço do show da vida no ar
Gravei Luzia a tua voz pró futuro
Nada eu juro vá conseguir apagar
Canta com a força do vento
Através do pensamento faz

Casa Velha

Chico de Abreu

Casa velha abandonada

Num caminho de estrada

O Sossego te magoa

O silencio e tão profundo

E o tempo te deixou para traz

Quando tu eras habitada

Tinha sorriso na janela

O barulho da tramela

O ringir do portão

Castelo de Areia

Chico de Abreu

Meu castelo de areia

Minha pipa meu emborna

Meu olha olhando o dela na porteira do curral

A felicidade me pegou será que ela vai ser a minha luz

Ou será que vou viver só

E naquele mundo tão distante

Entre a parede do

Cavalo de Pau

Quando eu era menino num cavalo de pau
Arma baladeira munição a mamona
Um tiro um salto e um grito eu caia no chão
Mas logo levantava medo eu não tinha não
Medo eu não tinha não
Um dia ferido no beijo pra mamãe eu fui reclamar
Ela deu um abraço e um be

Ouve companheiro
Vou quebrar esta canção
Meu canto primeiro
Vai rasgar um ribeirão
Pega tua enxada
Compra nossa briga
Vamos jogar brasa
Na ferida
Vem cantador trabalhador
Vem brigador trabalhador
Canto das águas do ceará
Morro das terras de benvirá

Semana passada eu morri
Mais hoje eu não morro
Mas há feriada em meu corpo meu corpo novo
Semana passada eu morri
Mais hoje eu não morro
Mas há feriada em meu corpo meu corpo novo

Eu quero que você me diga como cura essa ferida
Eu quero que você me diga como cura es

Entre nessa Brincadeira

A lua cheia me chamou pela janela
E ela tava na rua vendo a lua clarear
Passei o tempo contemplando aquela noite
Tão bela, nos braços dela
Ver o dia clarear

Para entrar na brincadeira
Eu só te quero por inteira
Verdadeira, companhe

Mamãe, me deixe eu dançar um xote
Um xote deixe eu dançar
Me deixe eu dançar um xote
Um xote deixe eu dançar
Não faça isso com minha cabeça
Não mexa assim com meu coração
Não vem com essa cara que diz sim
esse seu jeito que diz não
Quando te vejo fico feit

Ter Poder Liberdade
Chico de Abreu
Hoje eu quero invadir sua privacidade
Hoje eu não quero ter privacidade
Hoje eu não quero Ter
Hoje eu não quero
Hoje não
Amanhã espero poder te ver
Amanhã espero que possas me ver
Amanhã espero Poder
Amanhã espera
Ama

Mãe quero morar na lua
Sem ter que pisar no chão
Ver o azula da minha terra
E as nuvens de algodão
Cá da terra a gente vê
A mãe lua a brilhar
Lua se eu fosse criança
Mãe eu ia te abraçar
Essa gente não se importa
Com a maré do alto mar
Lua você também sang

Maracujá

A porta da casa aberta
Mas ninguém estava pra chegar
O vento e que soprou rasteiro
Trazendo o seu cheiro flor de maracujá

Lá fora o sol batia forte mais forte era o meu pensar
De tanto eu sentir saudade de tua imagem me pus a cantar

O amor desta menina

MEL

A mel e poesia um tom de alegria
Há mel no azul do seu olhar
E quando ela chorar
Há mel em cada lagrima que rolar

A mel e uma cantiga de ninar
A mel e uma cantiga de ninar
A mel e uma cantiga de ninar
A mel e uma cantiga de ninar

A mel e harmonia

Minha Historia

Amigo se eu contar minha historia
Você vai ri ou chorar
Não importa de onde eu venho
De Londres ou do Ceará
Eu trago em minha viola
Canções eu sei vai gostar
Eu trago um pote de ouro
Tesouros e chochas do mar
Eu trago a perna ferida
Um bei

MORENA DA PRAIA

Chico de Abreu

Quem de longe ver aquela casa

Não ver na parede o nome dela

Que de longe ver aquela estrada

Não sabe que li morou morena

Quem de longe ver aquela praia

Não sabe que ali morreu morena

O mar disparou cidade adentro

<

O que dizem os olhos desta mulher
Ta na flor da pele na força da fé
Ta no brilho da lua, na rua,
Que é minha que é tua e de quem quiser
Ta no meu coração esta mulher

Bis

Ta na fé, ta na criação
De um ser que se gera,
Do aperto de mão, da amizade sincera
Ta

Rações dos Pássaros

Chico de Abreu

Canta sabia, na camerados vereadores

Canta bem-te-vi na camera dos deputados

Canta acauã, la no senado

Canta araponga, la no planalto

Canta juruti no cabinete do prefeito

Canta pinta-silva no decimo batalhão

Todos

Se eu tiver que ir embora
Se a estrada não demora
Se eu tiver que me despir
Eu meu corpo me trair
Amor não chora
Não chora amor
Se eu for embora
Sei que vou deixar saudades
Mas levo no peito a dor
Mas também levo a certeza amor
Que fui feliz com teu amor

Se voce for embora
Amor no demora
Arrume suas coisas
Ante de acontecer
Não determine a hora
Não diga que é Adeus
Não faça eu sofrer
Não deixe a porta aberta
Não diga sinto muito
E por favor Não chora
Se vcê for embora
O dia perde o sol
A noite perd

Eu não guardo segredo
Não empresto meus dedos
Não sou feito de aço
Eu só quero um abraço
Não me conte lamento
Nenhum sofrimento
Coisa triste ou fofoca
Que venha meu corpo desequilibrar

Sou cabra-da-peste
Do sertão trago a rima
Tapioca de côco, Pirão