Mais de 400 anos, de resistência cultural
Ânsia de liberdade, mescla de expressões
Foi senzala, meio do mato
Casa grande, canavial
Foi colônia e república
Democrata marginal

Negro, índio, branco
É o saber ancestral
Por muito subversivo, hoje educacional
Olh

Cê quer mais?
Com o jarro cheio você grita
Eu quero Mais?!

Tanta cobiça, tanta ganância
Chuiutchutchu
Egoísta, ignorância
Chuiutchu
Tanta cobiça, tanta ganância
Egoísta, ignorância

Punhado de erva na brasa que é pra incensar o ar impuro das cidades
Ord

Hey djones, hey djones
Como assim, como assim
Logo eu, logo quem, logo nós

Hey djones, hey djones
Diz pra mim, diz pra mim
Logo din, stigadin
Roubou perdeu fim!

Tipo metendo a mão na cara dura
Corrupto e ladrão, diz que não e até jura
E vem que vem fodendo

Comprei, paguei o preço, eu sei
Quanto vale pelo peso no olho do furacão
Um cálice de sangue do dragão

Comprei, em espécie, à vista
Cada real um degrau conquistado com suor
Por uma mina comum

Comprei, paguei o preço, eu sei
Quanto vale pelo peso no olho do furacão

Jacarandá, madeira da boa

Para portas, janelas e mesas de todos os tipos
Não é nogueira nem cerejeira, mas é madeira de primeira

Abre portas, janelas, cabeças, olhos e ouvidos
Não é nogueira nem cerejeira, Mas é madeira de primeira

Pensando em liberdade
Estufa o peito respira e vai
Alma quer voar
Ideias vêm e vão
Como o vento gira
Não para de soprar

Grito de liberdade
Estufa o peito respira e vai
Música quer soar
Enfrentar barreiras
Refletir verdades, ecoar

Munido de liberdad

Obété omu Ogunhê Ailujará

Na saga da demanda procura axé
Orixá ferreiro príncipe de ifé

Afia a adaga
Prepara suas armas
E cai na batalha
Guerreiro de fé

Obété omu Ogunhê Ailujará

Na saga da demanda procura axé
Orixá ferreiro príncipe de ifé

Afia

Cuidado, como o pé do Gigante
Cuidado, pra ele não te pisar

Se o dia vira noite, de repente, pode crer
É o pé do gigante, em cima de você

Trabalha pra caralho e não tem nada pra comer
É o pé do gigante, em cima de você

Queria que minha voz virasse um robô
Sete bilhões de vozes de robô
Queria que minha voz virasse um robô
Mas não tá rolando

Sete bilhões de vozes de robô
E eu querendo que minha voz virasse um robô
Sete bilhões de vozes de robô
É só o que eu tô escutando

Sintet

No caminho da ambição
Cifra no olho burguês
Lágrima nos olhos do João
Água doce que corria
Todas aquelas Marias
Não cantam mais no ribeirão

Volta no mundo
Giro em si, giro no sol, gera em mim
Terra mandou chamar

E quem plantou vai colher
Semeou até crescer
Vivo, fez viver
Vida mandou entregar

O caldeirão vai ferver
Colher de pau pra mexer
Alho, cebola, louro, coentro
Mãe vai temprerar

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