Vem ficar suave, nega
Vem cá curtir a brisa
Que passa na janela e nos aproxima
Pra ficar juntinho, fazendo carinho

Mesmo quando o tempo passa
O clima não acaba
Olha o letreiro azul de neon
Borrei teu batom
Ai, ai, ai todos os dias andando
Ou correndo demais<

Há algo entre nós que é tão feroz
Nós e nós e nós dentro de nós
Meu Sol que fugiu, se escondeu
No sertão que abriu
Caminhei sem luar

Sem o teu olhar
Me fiz menor
Já colhi da dor o meu melhor
Fui Diadorim, renasci
Sertão eu fui
E duelei sem leis

O v

Olha como as estrelas
Brilham pra você
A vida te ilumina
Mesmo antes do Sol nascer
Minha índia dança ao vento

Ao som do cântico da paz
E com o calor que o fogo faz
Fogueira acesa
A me chamar

Baila à beira-rio, sonhando
Que o mato cobriu
O cinza fri

De noite, fria rua
No sonho encontro o vento
Que balança os pinheiros da pintura
De caspar
Neve que nunca vi

Logo me deparo com paisagens irreais
A dama arranca palavras do asfalto
As estrelas e a Lua
Respondem sem soar
A dama corre livre em seu campo

Mi

Mira, olha
Seu feitiço faz o céu brilhar
Seu teor de gato seduz mil amores
Belos horrores
Nervos, tremores
Miragem nua

Mira, fica
Trague esta brasa
Pela última vez
Linda, mística
De parecer mentira

Vem ser só minha
E logo me ensina

Floresta de gelo
Neve de açúcar
Quarto infinito, vou me encontrar na
Terra de Morfeu e nunca mais voltar
Pedaços de céu
Partes do luar
Lua, Urano, Vênus, Marte, Sol, Plutão
Aqui, agora, breve, sempre, nunca mais
Quiçá um veneno

Furo o fundo do universo
E