Você pode até falar dos meus erros
Mas não vai colar
Pareceram acertos

E não são, nunca foram, nunca serão, não...
E não são, nunca foram, nunca serão

Você pode até contar dos meus medos
Mas não vai colar
pareceram coragem

E não são, nunca foram, nunca serão

Quando tudo passar
Eu sei que vou tentar compreender os meus motivos
Eu sei, se eu errei
Eu posso aceitar qualquer castigo
Mas não, ter que aguentar essa distância
E a falta que eu sinto de teu olhar
Mas não, ter que sofrer, negar e não querer eu não consigo
Você não

Do outro lado do rio
Na velha estrada.

Uma velha estrada
Que nunca levou ninguém
A nenhum lugar.

Há mil placas
pegadas de curupira
Ninguém vai chegar.

E nas árvores
O canto dos pássaros
É como um grito de agonia dos humilhados
Dos filhos que fica

É!

É a comédia do existir
Viver pra ver o quanto dá pra ir
Nessa história de se iludir.

É!

A gente chega vivo ao fim do dia
tenta não ser o que ninguém seria
para no fim ser só o que se é.

É!

É o sonho do imbecil
Quer ser e ter o todo inútil

Assim eu tenho dito
Do silêncio desse grito
Que se era ou nunca foi
não faz mal.

Era falso, era mito
E se eu acredito
É só pra que eu me sinta normal.

É só fazer pose
dizer que dez é doze
Tentar viver pra sempre em overdose

É so dizer metade
Ment

As vezes eu pareço tão perdido
Quase sempre há quem diga, tá fudido.
Mas aquilo tudo foi só impressão.

As coisas nunca são o que parecem
Coisas sobem mas tantas coisas descem
E eu não sei se tô em cima ou tô no chão.

Era tão cedo
Foi culpa minha eu sei
Era qua

Tento não lembrar
Que você não mais está
Aqui perto de mim
Mas não consigo.

É difícil estar assim
Como se já fosse o fim
Te procurar por toda parte
E não achar é tão ruim

Não saber se você ri
Ou se você chora

E se chora
Eu não posso estar na hora

Três retratos que eu molhei
Agachado, chorei...

Sem sapatos
Barba no chão
Sem meu mundo eu disse não.

Voltei pro início
Eu me virei.
Desci bem fundo
me magoei.

Eu fui longe.
Minha sujeira, tentei limpar
Vaso a dentro, tentei passar.

Eu diss

Fui comigo buscar
Nada trouxe de lá
Sem resposta fiquei
Sozinho voltei.

Me deixei por ali
Qualquer coisa me ligue
Se te achar me achei.

Mas eu sei que não...

Senti (sem ti), sofri
Enquanto isso a vida passa.

Hey baby, foi nada...
Se eu voei, fo

Não adianta fechar a porta
Quando o amor nela bater
Quando ele vem não volta
O que fazer?

Não se doma um sentimento, o coração
Quando explode lá de dentro, tanta paixão

O amor
Não se entrega
Ele não nega
Mesmo quando a gente afirma não querer amar
O am

Parte de meus pedaços que caíram ficaram perdidos
Pelos caminhos que um dia, por medo, eu segui

Mas procurei nos olhos das pessoas
No gesto sofrido de um mendigo

Até nas palavras de meu pai
que sorrindo, todas as vezes me deu a mão
Um gesto que tão poucas vezes entend

Eu não vou dizer que as minhas idéias são iguais as suas
São iguais as suas
Eu não vou dizer que os meus pensamentos são iguais aos seus
São iguais aos seus

Eu nasci no "mei" do sertão
Junto ao rio pajeú
Junto a xique-xiques e mandacarus

Meu avô era vaqueiro
A

Era cedinho de manhã
E a gente ali no mesmo afã
Pra ver chegar num dia lindo
Ver Hélder chegar
Que dia lindo

E ele chegou
Hélder chegou tão miudinho
Que bom que ele chegou
Nosso pequeno grande amor

Era cedinho de manhã
E a gente ali no mesmo afã
Pr

Sentado estava o homem
Pensando e observando ao seu redor
Viu que havia medo
E as pessoas e seus segredos
Não estavam sós.

E procurava...
Mesmo com as armadilhas sob o pó.

Pó que cobre a terra
Terra que engole homens
Homens que se matam sem dó.

Vidas

As vezes eu paro e olho ao meu redor
E tento enxergar as coisas como elas são.

Tento ver na paisagem meu reflexo
Pra entender meus traumas e complexos.

Então... cai por terra
Qualquer orgulho e ambição
Então... tem-se a guerra
Entre o instinto, ódio, Amor e a razã

Que inverno longo foi esse antes de você
E antes que eu percebesse, ia amanhecer
Se era tudo gelado e seco em meu peito
Derreteu, me derramou no chão

Não queria a primavera, tava ok a solidão
E por mais que eu não quisesse, flores nasciam
Tudo bem pra mim estar triste,

Olhei à minha volta
E me escapava qualquer feição
Porque o muito pode ser tão pouco
Porque o louco pode ter razão

Olhei à minha volta
Em minha frente por encanto
Um cálice vazio quieto num canto
Transbordou quase em pranto

Fascinante
A mágica surgiu e mudo

Minha janela não me deixa ver o Sol
Enquanto meus olhos choram sedentos de luz
Minha aquarela ficou sem cor
Embora tenha ficado alguns traços azuis

Minha janela não quer mais abrir
Só me permite ouvir os risos no corredor
Mas esquece que o sangue tenta escapar das veias

Escuto pela casa o que as paredes dizem
Falam sobre nada e nada que me importe

E mesmo pelas ruas cada esquina insiste
Repetem a mesma coisa, a mesma coisa
A mesma coisa até que eu me esgote

Tanto lixo que eu ouvi
Tanto inferno que assisti
Ficou um vazio imenso

Não vou deixar, deixar morrer
O que você deixou a tanto tempo
E não acabou... Esse amor...
Que não vai ser abandonado
E se é ruim pra mim
Esse amor sem fim
Tá errado... errado.

Não vou deixar que o tempo
Nem mesmo por um momento
Me faça esquecer Oh oh oh