Tá difícil de acordar
Medo de cair
Olhos desorientados
Corpos que não senti
Perfurando a carne
Reprimindo a existência
Tudo do avesso
Teleguiado por sua descrença
Tudo do avesso
Coitado de quem pensa

Desmemoriol todas as manhãs
Compre um carro em inf

O céu ficou preto
E choveu no meu sertão
Quando eu vi ocê
Nos teus olhos de truvão
Uma parte de mim caiu em contradição
Sua existência causou a falência da razão

É vento que corta
A folha amarela
É um ser tão só
Em frente à janela
Esperando a tarde em in

Hoje tirei o dia pra dançar comigo mesmo
Nada vai me desbotar
Nem o medo que dá medo

Hoje tirei o dia pra viver de sol e vento
Ver beleza em tudo que há
Até na 3x4 do documento

Passo lento pra não desandar
Olhos atentos para perceber
Que o mundo cabe dentro do

Eu vim de um lugar tão longe
Fazer saudade em coração
E trago a flor mais bonita
Do meu sertão

Eu vim de um lugar tão longe
Fazer saudade em coração
E trago a flor mais bonita
Do meu sertão

O céu que transborda em azul
O sol que brota amarelo
Nas nuven

Habitamos o nosso desejo
A ponta que aponta os extremos
Nos enlaçamos em nossos medos
Ter coragem de ser por inteiro

Deleitamos com nosso contentamento
Que é alimento pra alma e pro corpo sustento
Dissabor pros desatentos
Alicerce pro terreno
Do avesso, do avess

Eeeeee eee eeeee
Perdi meu amor no corte da Navalha
Eeeeee eee eeeee
Perdi meu amor no corte da Navalha

Ainda arde
Como fogos explodindo o céu
Corindo e enfeitando os olhos daquela moca

Ainda desbota
Como a chuva encharcando o cordel
Relampeando
Nos ol

Ê
Que o passo pulsou e descompassou
E os olhos cerrados sorriram absortos
Num beijo Febril

Ê
Que a mata pungente presenciou
Um vento ventou diante da besta
Que o céu sucumbiu

É que o ar é chama
Chama incendeia
E o peso dos corpos
O mar aguenta

<

Há bandeirinhas coloridas
A enfeitar a dança do meu amor
E nessa roda enlouquecida,
Tantas idas e tantas vindas
Mistério e calor

Há cidade enfurecida parou pra ver
Da praça, da janela, na esquina do querer
A instalação de uma confusão
Dentro do meu estranho cora

Te quero meu bem
E isso não faz mal a ninguém
Te espero apressada
Um tanto enfeitada
E você não vem
Não quero ser mais um xodó
Pro seu afinado gogó
Vê se toma jeito
Em me tenha em dó

Um dia dou a volta por cima
Das suas generosas mesquinharias
E o te

Não sei de onde vem
Só sei do seu afeto que faz bem
Que vontade de dançar
Na leveza do seu jeito, da sua paz
Ouvir o som da sua voz
E sentir o calor do seu riso
Que alumia esse lugar
Levo um retrato seu
Revelado na alma

Você já sentiu saudade daquela pessoa?

Eu vou fazer uma reza
Vou ascender uma vela
Vou pintar os meus olhos
Curar-me desse ócio

Passar perfume de flor
Pra me despir desse amor
Que me consome e me envenena
Este mal que eu não sou

Rodopia na minha cabeça
Faz maré no pensamento
E me arrasta e

Faz um tempo
Que sinto meus passos
Meio lentos sem chão
Acontece que ontem não fiz meu bico
E fiquei sem o meu pão

E agora meu Senhor
O que eu devo fazer
Se esta fome inquieta invadiu o meu ser

Não há tempo
Não há hora
Nem segundos nem milésimos
Se