Oi! O peixe que eu pesquei lá numa pescaria
Eu botei no galinheiro e ele se acostumou
E tão habituado que milho comia
Ai! Até junto com o galo de quem não estranhou
E até pelo costume tinha liberdade
E muita vez na mão foi que se alimentou
Um dia que maldigo tive piedade<

Faz muito tempo
Na fazenda de Lagoa
Tinha mais de cem pessoa
No sarau de São João
Tinha viola
Tinha flauta e cavaquinho
Mano Zeca no seu pinho
Machucava o coração

Sinhá Rosinha
Nunca esteve tão bonita
Com seu vestido de chita
Tava dançando o baião

Queria te ver no batente
Sambando com a gente
Do Morro do Salgueiro
Queria te ver sem orgulho
Fazendo barulho
Batendo pandeiro

Sobe lá no morro
Para ver o que é orgia
Ver a bateria
Ver o tamborim
Ver o cavaquinho
Que só faz é dim-dim-dim
Ver o vi

Ô! Ô!
Noi semo é memo do amô

Mulatinha frajola
Entra aqui no cordão
Que a fuzarca consola
As mágoa que a gente
Traz no coração

Mulatinha, benzinho
Vem pra mim de uma vez
Dou-te amor e carinho
Dinheiro não tenho
Não sou Português

Vou comprar u

Mulher fingida, tu me fazes padecer!
Vai cuidar da tua vida
Oh mulher! Não quero mais te ver!
O que hei de fazer se foi essa minha sorte?
Meu santo é forte, vou te esquecer

Chora! Chora!
Teu amor já foi-se embora
Teu amor já foi-se embora

A vida ingrata veio a

Outro dia a moreninha
Já era assim de tardinha
Tava na estrada a cantá
E nos galhos do arvoredo
Tava escutando em segredo
Um bando de tangarás

O rio tava parado
O vento tava calado
Um sol quase que morrer
Pois ficou enamorado
E vermelho, encabulado

Meu amor, quando partiste
Para nunca mais voltar
Aqui tudo ficou triste
Com vontade de chorar

As cigarras se calaram
Não se vê nem uma flor
Creio que todas morreram
De saudades, ó meu amor

Todo dia as andorinhas
Perguntam se vais voltar
E eu digo sempr

Oh! Dona Antonha, oh! Dona Antonha
Tu tá ficando mas é muito sem vergonha!
Oh! Dona Antonha, oh! Dona Antonha
Tu tá ficando mas é muito sem vergonha!

A dona Antonha tem três filhas bonitinhas
Uma é Miloca, outra é Dondoca, outra é Chiquinha
São três querubim, todas vão

Sai da frente
Dona Emília
Que o nosso bloco
Só tem gente de família

O nosso bloco vai a todas as batalhas
Só pra ganhar muitas medalhas
E se houver muita concorrência
Eu trago o prêmio da violência

O nosso bloco tem cordão de isolamento
Só pra barrar mau e

Não tenho medo de bamba
Na roda de samba
Eu sou bacharel
(Sou bacharel)
Andando pela batucada
Onde eu vi gente levada
Foi lá em Vila Isabel

Na Pavuna tem turuna
Na Gamboa gente boa
(Eu vou pra Vila)
Aonde o samba é da coroa
Já saí de Piedade
Já m

Dá licença, coronel. Entre, Seu Riachão
Bons sonhos o tenham, Riachão
Boa noite, Rosinha
Boa noite, minha gente
Boa noite! Pessoal
Agora que o Riachão chegou

A Rosinha vai sambar
Graúna canta um verso
E Riachão canta outro
Toca a música, minha gente!

E

Só mesmo com revolução
Graças ao rádio e ao parabélum
Nós vamos ter transformação
Neste Brasil verde-amarelo
Getúlio

Certa menina do Encantado
Cujo papai foi senador
Ao ver o povo de encarnado
Sem se pintar mudou de cor
Getúlio

Tome cuidado com esse galo pequenino
Tome cuidado com esse galo garnizé
Oi! Que esse galo te belisca, que este galo pica o pé
Que este galo não respeita nem Manduca, nem Mané

Tome cuidado com esse galo pequenino
Tome cuidado com esse galo garnizé
Oi! Que esse galo belis

Como é, pessoal, vamos fazer uma batucada?
João de Barro: Vambora. Mas cadê o pandeiro?
Eduardo Souto: Pandeiro nada! Lata veia ta aí à beça
João de Barro: Todos vambora!

Já que não temos pandeiro
Pra fazer nossa batucada
Fabriquei o meu pandeiro
Com lata de goiabad

Para fazer meu samba não tirei diploma
Cabrocha bonita nascida na roça tem aroma!
Quando vem da igreja lá da freguesia
Traz no olhar feitiçaria!

Traz no olhar feitiçaria!
Quer se casar numa igreja e na pretoria
Cabrocha assim gosto de ver!
Não põe carmim, mas, faz e

Mulata fuzarqueira, artigo raro
Que samba de dar rasteira
E passa as noite inteira em claro
Não quer mais saber de preparar as gordura
Nem usar mais das costura
O bom exemplo já te dei
Mudei a minha conduta
Mas agora me aprumei

Mulata fuzarqueira da Gamboa
S

Tem carinho que eu faço
Tem dinheiro, meu bem
Tem minh'alma e meu braço
E querendo amor, também tem
(Pois até)

Já tens tudo o que queres
Nada te tem faltado
Como todas mulheres
Tu nunca que estás contente
E o pobre do coitado
Do marido que aguente

Na Pavuna
Na Pavuna
Tem um samba
Que só dá gente reiúna

O malandro que só canta com harmonia
Quando está metido em samba de arrelia
Faz batuque assim
No seu tamborim
Com o seu time, enfezando o batedor
E grita a negrada
Vem pra batucada
Que de samba,

Amor, carinho, eu não quero
Já jurei, nunca mais hei de amar (hei de amar)
Orgia é boa, tu bem sabes que eu gosto
E nesta vida eu hei de me acabar

Tu me deixaste
Eu que sempre fui teu bem
Quem parte, leva saudades
Quem ficar, saudades tem
O mundo diz
O mundo

Como não tenho sorte
Não pretendo ter amor
Mas o samba me comporta
Pode ser que a tua porta
Não irei pedir favor!

No tempo de meu amô
Eu bem que andava alinhado
Tinha o meu batedô
No anseio farrapado
Tinha teto com padura
E nossa vara a cantar
Mas, a