Preste atenção minha gente
Nos versos que eu vou contar
Realmente aconteceu
Numa tarde de Natal

Foi num grande suarê
Que nós fomos abrilhantar
Ribeirão de Paulo Lopes
É este o dito lugar

Era três horas da tarde
Fandango tava animado
Lá de cima eu notav

Não vá embora, meu amor, é cedo ainda
Não vá embora, preciso falar contigo
Quero saber por que estás tão diferente
Não há razão pra você brigar comigo

Não vá embora, meu amor, é cedo ainda
Estou sofrendo por você a mesma dor
Porque o ciúme, palavra pequenina
Foi ass

Não é verdade o que estão dizendo
Não é verdade o que estão falando
Só é verdade que eu estou sofrendo
E por alguém estou me apaixonando

Esta morena quer me deixar louco
Ficando louco não me sinto bem
Se eu resolver quebrar o chapéu na testa
Acabo com a festa e é o

Quando um gaúcho toca uma rancheira
E dança pelo meio do salão
Arrasta a bota e a espora canta
A voz gaúcha lá do meu rincão

Chora sanfona, chora
Pela demora do seu amor
Canta gaúcho, canta
Pois não adianta chorar de dor

Chora sanfona, chora
Pela demora do

O amor não se compra nem se vende
O amor a gente tem que conquistar
O amor é um dom da natureza
Sinceramente quando nasce para amar

Só você, minha joia preciosa
É uma flor que em meu caminho apareceu
Porém te digo que eu não te quero mais
De hoje em diante seu amor

Ela passou por mim se requebrando
Piscou um olhinho, sorriu e foi embora
Meu coração já foi descontrolando
Não queria mais bater naquela hora

Saí correndo pra falar com ela
Mas ela sumiu em plena multidão
Fiquei tão triste, sentei na calçada
Com raiva de tudo fiz es

Meu coração
Sofre muito de tristeza
Não compreende a natureza
Todos sofrem por amor

Mas se voltasse
Meu tempinho de criança
Da minha querida infância
Só a saudade restou

Fui desprezado
Por alguém que eu tanto amei
Por esta ingrata
Quantas vezes eu

Gaúcho pobre é o meu nome conhecido
Não tenho nada, mas me sinto bem feliz
O meu consolo é porque fui um boiadeiro
Mais afamado lá do sul do meu país

Meu carro velho lá na beira do galpão
Minha boiada veio a peste e me roubou
Ainda me resta o churrasco e o chimarrão

Encontrei hoje um homem chorando
Perguntei, por que choras assim?
Uma voz no peito soluçando
Companheiro, estou vendo o meu fim

A mulher que eu amei eu perdi
Já tem outro em meu lugar
E por isso não digas que é feio
Por amor ver um homem chorar

Já fiz tudo na

O João-de-barro pra ser feliz como eu
Certo dia resolveu arranjá uma companheira
No vai e vem com o barro da biquinha
Ele fez sua casinha lá no galho da paineira

Todas as manhãs o pedreiro da floresta
Cantava fazendo festa pra aquela que tanto amava
Enquanto ele ia busc

Minha carreta é boa mesmo
Minha boiada também é de fato
Quando embarco na minha carreta
Não há toco, pedra e nem buraco

Minha carreta é boa mesmo
Minha boiada também é de fato
Quando embarco na minha carreta
Não há toco, pedra e nem buraco

Encosta boi Fumaça,

Morena dos olhos pretos
Linda igual não pode haver
Vós é a mais linda flor
Que eu cheguei conhecer

Quando meus olhos te viram
Senti meu corpo a tremer
Daquela hora em diante
Eu senti amor por você

Em ficar te conhecendo
Pra mim foi grande prazer
Eu gos

Morena me prendeu no mar
E lá no mar eu não posso morar
E lá no mar ai só quem mora é peixe
Eu não sou peixe, venha me buscar

Morena me prendeu no navio
E no navio eu não posso morar
Quem no navio ai só quem mora é rico
Eu não sou rico, venha me buscar

Morena

Adeus moreninha lá do sul
Olhos pretos e boquinha de ouro
Teu jeito morena, eu acho morena
É um encanto que vale um tesouro
Teu jeito morena, eu acho morena
É um encanto que vale um tesouro

Eu sei que você é de outro
Só me diz para ver eu sofrer
Eu prefiro, more

No meu jardim só me resta uma esperança
Do lindo trevo que ainda não murchou
Quatro folhinhas, motivo de lembrança
Do meu amor que se foi e não voltou

Ai, ai, diz que a saudade rói
Diz que saudade rói, rói e rói
Ai, ai, diz que a saudade dói
Diz que saudade dói, dói

Saudade, sai do meu peito
Eu não posso aguentar a dor da paixão
Um gaúcho nascido nos pampa
Ainda sente a saudade da separação

Hoje eu vivo a sonhar
Com as campereadas lá do rincão
Me alembro das noites de Lua
Dos baile saudoso lá do galpão
Me alembro das noites

Tristeza no meu rancho alegre
Onde você morou
Na porta só resta a saudade
Onde você passou

Sorrindo você foi embora
E nunca mais voltou
E o vento levou nunca mais voltou
E o vento levou
E o vento levou nunca mais voltou
E o vento levou

As noites eu son

Sou tijucano de fibra
De uma cidade ricaça
Sou peão barriga verde
E não nego a minha raça

Desde o dia em que eu nasci
Até hoje que o tempo passa
Trago meu santo no peito
Que me serve de couraça

Não existe potro chucro
Que pra mim, faça pirraça
Redomão

Antigamente o nome era bazurca
Veio da Europa se aportuguesou
Com este nome nos bailes de outrora
Mais uma geração a mazurca dançou

E depois veio a moda da Argentina
Como ditadora fez-se respeitar
E a mazurca passou a rancheira
Rancheirita mia yo te quero amar

Eu vou ensiná você
Como é que dança o xote
No sistema do garpão
Quatro passo para a frente
Meia volta no repente
Sem perder a marcação

Bate parma e sapateia
Mais um passo, volta e meia
Bate com a espora no chão
Bate parma e sapateia
Mais um passo, volta