Boy
Me ocorreu a sensação
Que a meninada anti-love-story
Fala de amor errado
Se liga no lero, boy
Manda um verso que convenha

Bota um chope, um peixe na penha
Só não cai nesse finge que diz e não diz
Como foi, nem por que
Virou contra você, boy
Argumenta

Mané
Eu tentei te dizer
Tu não deu ouvido
De muído com essa mulher
Pois é
Olha no que deu
Tá botando o dedo em tudo que é teu
Mané
Eu sei chamego é bom
Também sou chegado
No fungado e no cafuné
Marrapaz
Perdesse o comando
Ela tá mandando
E

Vá e reforce as flores de lá
Beije algum burocrata
De terno e gravata
Que saiba criar
Num guardanapo de bar
Um argumento bem diferente
Pra te deixar contente
E de repente cê esquece da gente
Se esquece do jeito amargo da gente
Peça o conhaque mais inocente

Todo dia a gente vence a gente
Desafiando o dia crente
Em paciência, consciência, ciência de boteco
E amanhã
Que seja tão bonito quanto a manhã
Que acabou de bater
No rosto cansado da noite
Que riu com dia de preto
Por causa da preta que riu
Por causa do preto

Não vou chamar de General Osório essa vista linda
Nem tenho nada a ver com Figueiredo, fí de Valentina

Considerando essa boa vibe
Acho muito feio o nome do Geisel
E os personagens trapaceiros Epitácio, Ruy Carneiro na história não são principais

Passei primeiro na Pedro S

Tirou tinta
E o torcedor levantou
Aos sete do primeiro
O primeiro chute a gol
Pegou chute cruzado
Tapinha de lado ele não aceitou
Saiu no pé do centroavante
Ligou com o volante
Começou
Derradeiro contra-ataque
A bola caiu do pé de tomate
É triste lembr

Tem gosto de samba
Desgosto de bamba que leva na manha
A cerva do copo daquela mulher
É bem mais gelada que o frio glacial
Do alaska
Me lasca e deixa pra lá
Me rasga depois tamborim
E perto do fim
Faço ela sambar
Tropecei no passo
Mas passei sambando
B

Outro carnaval
Desbotando a cor
Reluzindo a dor
Desse meu cordão

E o meu amor
Pecado tão fiel
Picotou papel
Só pra ver você

Dona do meu passo
Do meu embaraço
De todo confete jogado
Pela minha dor

Dona do meu bloco
Onde eu sou palhaço

Faça pergunta difícil não
Que eu não sou de resposta certa
Sou de poesia aberta
Prato pra desconstrução
Não aprendi a fazer refrão ligeiro
Não sou partideiro
Meu pandeiro é de latada

E
Samba
É o jeito de olhar de minha nega
É quando fumega e pega a brasa

Geraldo nunca deu o caldo
Nem ouviu o laudo do doutor chinfrin
O saldo, mês passado preocupou
Só que geraldo se acalmou
Deu asas a um novo amor
Seu ponto forte os vizinhos todos sabem
É o trompete bem tocado
Na charanga do auto esporte
Onde é considerado
Um ra

Qualquer outro bem e desilusão
As cinzas do amor vem sujar solidão
Outro samba enfim resta ao coração
E o passo do tempo procurando o chão

O mor do peito ainda chora a dor
Da corda que falta no meu cavaquinho
Só eu sei do samba q passou por mim
Sem dizer adeus