O vento livre que bate no rosto
Ao coração leva o desgosto
O vento frio em nossa cabeça
Nos faz sentir a incerteza

Da liberdade há muito esquecida
Quando a bandeira rasgada
Nada mais ensina
Recordar

Que um home livre não se deixa enganar
Pelos panfletos de

Já plantaste teu destino
Colhe agora tua vida
Não te encolhas como um cão
Lambendo a ferida

São mais fortes teus sentidos
Deves agora lutar
Ao desespero não te vás entregar

É o rio que vem chegando
Mais um gaudério se vai
Tocado pelas barragens do Uruguai<

Noite fria
Pés descalços por sobre a terra
Alargando os meridianos da vida
Rompendo os laços da saída

Não rastejaremos mais a teus pés
Teu veludo não esconde este sangue
Que marca o meu caminho

Todos os homens são razão
Nesta América sangrada
Fatias sofrid

Errei, agora peço o teu perdão
Pequei, mas foi um pecado banal
Foi um amor de três dias
Que se acabou no carnaval

Não deves dar atenção
Aos tropeços normais da vida
Sabes que o meu coração
É e foi sempre teu, minha querida

Pensa que tudo é normal
Quando é

Fiz-me ao mar, icei a vela
Rasguei ventos, tempestades
Meu destino eu que traço
Sem rancor nem vaidade

Eu sou o Arrais e a nau
Sou vela e sou viração
Eu sou o vento vadio
Partida e arribação

É que eu navego com as estrelas
No rumo da liberdade
Meu dest