Vai, vai falar da tua dor
Vai cantar juras de amor
E usar tua liberdade

Vai não se prenda na canção
Vai abrir teu coração
Se liberta da saudade

Vai que bonita é a flor
Pois tem pétalas e cor
Que não liga pra o que eu penso

Vai corre nu em noite fria

Capibaribe a lavadeira vem chegando
Bacia na cabeça e o corpo equilibrando
Vai fazer espuma e torcer os seus lençóis
Capibaribe, Capibaribe

Corre na suas águas um pouco do suor
E o drama das mulheres que precisão de você
Te fazem confidente e abrem o coração
Muitas

Ela me olhou e me prendeu
Mas eu não sei aonde ir
Nem o que falar, como se a busca revelasse
E a constante me seguisse ao seu encontro
Desencontros toda a vida
Como se abrisse um buraco
No instante em que a fitei
E caísse até o escuro
No barulho do meu peito
F

Lembra o ontem, enxerga longe
Percebe, quanto tempo já passou
E se vendo barco, solto aderiva
Fugindo de onde havia dor
Na saga nordestina, a vida Severina
Mesmo com sede, não largam do sertão
E não cruzam os braços, feridos ou cansados
O sal na face dos filhos deste

Você se foi
Nem disse adeus ao meu coração
Me deixou em cacos
Mergulhados em solidão

Mas não
Eu não pude me conter
É minha emoção
Nunca quis magoas você

E então, você fecha a porta
Nem deixou entrar no seu coração
Caminhar sozinha, triste caminho sua o

Meu coração não sabe aonde vai
E é quem sempre diz
Que me leva além
Foram os perigos
Que eu já passei
Que fizeram em mim
Uma proteção
Chega mais perto de mim
Abre um sorriso, uma luz
Escuto o alarme, ignoro
E o peito conduz
Pular é arriscar o que tem

Não cometa o mesmo erro
Sempre erre um pouco mais
Talvez acertar seja errado e o erro esteja certo
Por viver desconsolado
E saber que é incompleto

Quer saber do que sou feito?
De defeitos

Espelho, espelho meu
Existe alguém mais errado que eu?
Se existir re

Eu não te vi chegar
Você se apoderou da minha vida assim de um jeito
Que nem conseguir lutar
Mais forte transformou em prisioneiro o meu peito
O meu peito
Que aprisionado esta
As cores e as fotos e as coisas do seu jeito
Tão desgovernado andar
Atropelando tudo e v

Quando partiu, nada ficou
Muito sentir, mas sentir só por não ser
E quando a saudade matou a razão
Senti a esperança querendo morrer

Tua falta virou ferida aberta
Ao lembrar de você a minha emoção
Sempre abre as portas querendo te ter
Escutei outro dia tua desilusão

Um facão na mão
Olha a insolação
A marmita já ta fria
Cana pra cortar
Pouco a ganhar
E o dia não termina
De arma na mão
O outro vai roubar
Perder ou tirar
Uma vida
Rouba um cidadão
Que sem nenhum tostão
E que diz que é bóia fria
Engatilha a arm