Axé!
Ó mãe Bahia
Nos dê licença
Que o cortejo da Mangueira vai passar
Com as Áfricas que tanto se recriam
Bantu, Haussá
Gegê, Iorubá

Na alma trouxeram bagagem
Batuque e coragem
E a riqueza de seus rituais
Terra de todos os santos
Cortejos que encanta

Quem dera eu poder voltar no tempo
Reviver os bons momentos que fizeram nossa história
Velha guarda você lembra dos primeiros
Festejando nos terreiros vamos reviver agora
Caiu dos olhos da vovó uma lágrima sentida
Pela porta da imaginação
Chegamos ao país das maravilhas

Curió do bico doce, passarinho
Quem te trouxe pra chamar meu carimbó
Foi Verequete Verê, foi Verequete Verê
Foi Verequete, foi Lucinda e Cupijó

Na sombra do cajueiro, ô, ô, ô, ô
Lá no fundo do quintal a moça que roda a saia
É mimo de Marambaia na roda de carimbó

N

Essa menina faz sentir meu corpo quente
Vai subindo fogo ardente
Vai me dando suador
Ela me pega me sacode seita e rola
Quando eu choro ela consola
Faz carinho e dá amor

Ela me acende com um abraço apertadinho
Seu beijo molhadinho
O chamego que ela tem

É m

Ai como é gostoso meu amor
Ai como é bom
Vem dançar forró depois fazer amor

Venha comigo
Juntos dançando
No teu ouvido
Falar que te quero
Dizer que te amo

Nós dois juntinhos
De corpo suado
Te faço um carinho
Depois do chamego
Descanço em teus b

O que essa Baía tem Tijuca?
Nos diz o povo Tupinambá
Kirimurê é o grande mar
Nas águas mornas vou me banhar
A ambição pisou na areia
Tanta história se passou
A brisa da liberdade soprou
Num lindo canto baiano de amor
Todos os santos e axés
Em negras marés

Das grandes rotas ao verde cultural
Festejo um quarto de milênio da cidade
Quem faz o porto seco mais alegre?
Mocidade

O aracuã desperta o negro tropeiro
Pra contar histórias
Noite estrelada, raio de Sol
Viaja no sonho dos mercadores
Na dança das ondas do mar

Admirei seu jeito
Quis me aproximar
Fiquei em pensamento
Nem gosto de lembrar

Imaginei seu corpo
Fazendo o meu queimar
Deixo a saudade dela
Ainda me levar

Enquanto meu coração viajava de desejo
Te confesso tive medo
De sofrer e de chorar
A lagrima

Um chamego de mar, no chão de kaapuã
Seio aconchegando o paraíso
Monã me derramou depois do fogo
Ao tentar criar de novo, um mundo de juízo
Deu a irin-magé seu par
Pra semear tupinambá
Maíramûana, filho karaíba
No guizo do maracá, mostrou a cura, o cauim
E os cami

Ninguém vai calar os nossos heróis
Eu sei quem sofreu por nós
A voz da verdade é a nossa bandeira
A chama que arde na Estação Primeira

Ninguém vai calar os nossos heróis
Eu sei quem sofreu por nós
A voz da verdade é a nossa bandeira
Canta, Estação Primeira

Des

Menina, o meu nervo é de aço
Vou vencer pelo cansaço
Te mostrar quem é que sou
Duvida, vem cair no meu abraço
Tu vai ver o que eu faço
Pra ganhar o seu amor

Ai te dar um cheiro
Arrepia o pescoço
Suave, bem maneiro
Um jeito perigoso
Vem pro balanço da red

Sou Xica, Francisca da Silva do povo da rua
Sou da cor da noite, brilho como a Lua
Eu corro no vento, sou filha de Oyá

Sou Xica, sou mulher guerreira de punho cerrado
Venho pra avenida, mostrar o meu Legado
E agora Fidalgos vem cantar

Mulher guerreira, de punho cerrad

Sou logun-edé
Santo menino que velho respeita
Densa neblina entre água e areia
Ilê tijuca, é meu destino e meu axé
Cílio das matas no olhar que deságua
Sou fruto que enlaça o mel e a flor
Selvagem, desejo e coragem
O abate da caça, o cheiro do amor

Toca o atabaq

Mulher, chegou a hora de cantar
Por nós
Exaltar nosso poder
Mostrar ao mundo resistência
Essência de Madureira
Sou eu mulher de atitude
Maria de Lourdes
Tia Maria jongueira
Viva Jovelina, tia Eulália
Neide, Vera, Ivone e Olegária
Serrinha! Feito as guerrei

Aonde o matuto for
Ele é jeca
Seja disfarçado de doutor
Mesmo em outras becas
Ele é jeca

Ouve som rock pauleira
Curti aquela música internacional
Mas quando ouve o toque da sanfona
Do triangulo e da zabumba
Chega a passar mal

Só anda de carro importado

Memórias de bons ares espanhóis
Um porto se ergueu na foz
Ocultando a minha história
Chora! O negro clama liberdade
Música! Aliviando a saudade

Tocam tambores e batuques
Os passos riscam o chão
De um povo tão sofrido
Que mesmo suprimido
Simboliza toda uma na

Bate o tambor de Madureira
Anunciou que vai relampear
No verso do vento
O axé da morena
Chegou Yaô de Oyá
Chegou Yaô de Oyá

Clareou
Sob o céu suburbano, festeiro
De um Rio mestiço, mandingueiro
Que é de samba, malandro, jongueiro
Bamba no terreiro, com s

Vê se larga do meu pé
Não tô nessa, tenha dó
Vida facil não quer
Mas moleza eu não te dou

Vai a luta se quiser
Pra você me dar valor
Não vem na onda da maré
Nem no bico do beija-flôr

Deus ajuda quem cedo madruga
E quem sai na chuva tem que se molhar
En

Diga lá, seu Pedro Santo
Tu visse o mêmu qu'eu vi?
Curisco a mil no galope
Xique xique dano choque
E um bode com piriri

Eu vi sim, seu Zé Demonho
Inté o sol garrô gibão
Dadá de saia e cartucho
Pajeú no fura bucho
É o bando de Lampião
(Ê, boi, é o bando d

São cem anos de histórias
A emoção mareja o meu olhar
Minha inspiração é ela
Sou Portela

Vem do céu
A luz que ilumina o meu caminhar
Paulo, Caetano e Rufino
Selaram um destino
A razão do meu sonhar
Ora yê yê ô, mamãe oxum, na cachoeira
Okê arô, Oxóssi, d