Vida pode ser amar
Sem esperar
Do pó formar

Vida pode ser morrer
Amanhecer
N'outro lugar

Sem temer a paixão
Que lhe invade o peito
Sem querer ter razão
Quando não se tem jeito
E quer fazer da ilusão
Um caminho de pedras feliz.

Há no viver mais cores
Que o arco do sol tingir
Sereno olhar
No andar vivência que pode mudar
O coração
Descompassa ao ver
Desabar
Floresta chorar
No espelho dos olhos a dor
No espelho dos olhos a dor

Vem paraná desaguar
Banhando a ingratidão
De

Na corredeira d'água na estrada tem
Uma erosão de uns cem anos passados
Era de todos nós, de todos sóis, de todos

Mas a estrada não, mas o ribeirão
Tem um coração valente
Ele está em toda gente
Numa floresta de cor

Numa floresta de quem sabe viver
Tem uma saud

Quem pensa que escolhe a paixão
Se é paixão que escolhe?
Se paixão quisesse saber
Ou perguntado por quê?

Quem pensa que acolhe o amor
Se é o amor que acolhe?
Se perguntasse o amor
Mesmo sabendo da dor

Eu te escolheria
Te acolheria
Mais de mil vezes, sa

Se ficu fora um tiquim
Levu saudadi di lá
Dondi eu deixei meu benzim
Pra mó di vi trabaiá

Mas si eu pegu, mi intregu I mi isfregu no pim
Daí num possu pará
E tocu mó ligeirim
Como si já fossi voltá

É só cabá essi trampim
Qui sei num vai demorá
Voltu pr

São dois jangadeiros
Divertindo o mar
Um é joão ribeiro
O outro é zé luar

São também parceiros
Nas canções de bar
São iguais no cheiro
No jeito e no falar

Ambos tocam viola
E comentam poesias
Que um velho ensinou
E a noite se enrola
Nas peles s

Quando a barra pesa
Eu quebro o coco e como o coco
Eu ralo o coco e canto o coco
Que é pra barra aliviar

Quando os "home" chega
Eu quebro o coco e como o coco
Eu ralo o coco e canto o coco
Que é pra vida melhorá

Mão no olhar
Coração na cabeça
Mão na ca

Está minha florzinha pequenina
Em cada verso a cada linha
Sol raiou venha cantar
Vem me amar, vem beijar
Vem plantar tudo de novo

Atravesso estados e fronteiras
Sete mares e barreiras
Só pra contigo estar
Pra correr, lhe abraçar
Pra plantar tudo de novo