Pé na estrada, calçada
Cabelo ao vento
Quero contar procês
Minha viagem
Meu movimento

Sem mancada, sem lamento
Brisa amada
Sorriso aberto
Canção batida
Mastigada, moída
Batuque atento

Vou viajar
Quero cantar
Soltar os pés
Cair no chão,

Escuro a rua, eu tenho medo
Andava destrutiva
Cheiro de calçada e machos

No mundo o seio, eu tenho medo
Animais errantes dizendo eu te amo a cada agressão
Dizendo eu te amo a cada agressão
Eu te amo te amo
Eu te amo

Desobedeço
Quem sou?
Isso eu mereço?

Eu nunca mais peço desculpa
Por sem quem eu sou
Por ir onde vou
Cansei de me esconder

Eu nunca mais peço desculpa
Por minha risada
Minha alma lavada
Pelo meu proceder

Tantas amarras
Tantas correntes
Até mordaças foram feitas pra mim
Se é gente amar

Pra onde você vai
De onde você vem
Mente fria ou corpo em confusão

Quero ver você sorrir
Soltar as mãos
Desata os nós
Tua voz
Te permitir
Alcançar o céu

Não reclame meu e bote o seu
Não chega e se afronta
Bota na conta
Não se esquece que a viagem é longa

A ponta aponta pro norte
Não dê Fricote
Se sair dando o bote eu dou Pinote
Cheio de açúcar não morde
Pegou sacode
Gente que mete o nariz em tudo que se diz

Eu tô aqui te esperando
Ficar aqui vai sonhando
Fechou comigo e deu pra trás
Tá bom já vou ali meu bem fique em paz

Se você chama pra girar e eu vou
Não para o flow que eu gosto mais
Me chama meiga doce flor coração
E o que eu quero
Não me satisfaz