Desfile ao sol, praia, futebol
Laje pra corar a pele
Bandeira a girar, confetes no ar
E sal pra banhar as preces
Ladeira pra andar
Enfeites no ar para colorir areia
O sol no olhar, perfume de mar
Tapete em pedras portuguesas

Por que você não chama a noite pra da

As cores do futuro, a miscigenação
Velha aquarela brasileira
Nordeste “nova senzala”, sonhos em migração
Fauna e flora tipo exportação
Os livros de história, futuro da nação
Num flerte com a ficção
E a fome engole a prece e cala o teu socorro
E a solidão de multidão

Não deixe isso tudo pra lá
Não vá deixar!
Pois o pai já não tá mais do lado
E o filho que ainda sente fome
De um abraço de mãe apertado
De um irmão pra chamar pelo nome
De afeto bem mais que agasalho
De escola bem mais que esmola
Pra entender o que é que há

Eu me sinto tão legal, não sei bem o por quê
Acho que foi porque te vi sorrir pra mim
Me diz como é que é
Pra eu te fazer mais que sorrir
Não me sejas tão cruel, quero te fazer sambar
Quero te fazer sorrir, me pedir pra ser teu par

Vem pro samba assim, diz meu bem se é

Será que vale a pena eu me aproximar?
Será que ela já sabe ou ainda não notou?
E se eu tomar coragem e me aproximar
Será que eu faço um tipo ou mostro quem eu sou?

Será, no fim das contas, se ela mais eu der um?
Será que tanta conta não leva a lugar algum?

Será que va