Hospício
Que saudade de escrever
Me expus na internet
Situação esteve em risco
Agora estou no hospício
Usei e abusei
Da liberdade de expressão
Ideias na internet
Foi assim então
Peguei a contra-m
Não-não-não-não-não
Assim não tá bom (não tá bom)
Não explícito no que fala
Como na escravidão
Chicote e bala
Mas já vi, vivi
Enfim aprendi
De cor, a lição
Mas já vi, vivi
Enfim aprendi
Perigo contramão
Necessário saber o fluxo
Ele é real e não lúdico
As cartas já estão nas mesas
Pegue emprestado as certezas
Sei que não é moleza
Dói no coração
Mas não é mais
O coração que nos guia
Pense dinheiro, luxo e putaria
Vivemos o fim
Da bela poesia
Mas sei também
Que o meu time não está fraco
Tem Vinícius De Moraes, Cartola, Jobim e Lobato
A cultura é única
É a luz do fim do túnel
Lá está o fim da mágoa
E o legado ninguém apaga
Ele sempre fica aqui
E renasce em uma alma
Já entendi Raul, Elis e Cazuza
Já fui bem mais longe
Que o trem das onze
Mas de tanto me distanciar
Voltei ao ponto morto
Quem tem tudo tem nada
Quem tudo sabe vira bobo
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