Carta Ao Medo

Hoje o meu pai ensinou a força
E chegar como eu quiser
Aprender como são as coisas
Entender como a vida é

Agora eu vejo o que me consumia
Me impedia de olhar pra trás
Era o medo que me confundia
Pra que eu não entendesse

Só que eu vi
De perto que eu queria te encontrar só
Que seja só por um instante
Que o verso que eu queria te mostrar só
Não tem muito a ver com antes
Só que eu vi
Uma chance pra poder entender e só sentir
Alguém tentando esclarecer
Que a carta pro meu medo onde escrevo e releio o que eu mesmo pressenti

Hoje o meu pai ensinou a força
E chegar como eu quiser
Aprender como são as coisas
Entender como a vida é

É tudo uma questão de ter respeito
Cada um sabe a fé que tem ou não dentro do peito
Mas não vem impor visão
Inquisição eu não aceito
Querem falar de postura e não enxergam seus defeitos
Tá feio e desse jeito não tem como
Me explica como
Não tem cultura e quer dar discurso na ONU

Respeita a nossa origem
Respeita a trajetória
Respeito a nossa terra
E mais respeito a nossa história
Humanidade segue alimentando seus demônios
Quando não mata o irmão
Fode a camada de ozônio
É o nosso preconceito enraizado no mais cru
Ou falamos sobre o assunto, ou mantemos o tabu