Poeta J Sousa - A Prostituta
Letra traducida de Poeta J Sousa - A Prostituta al idioma
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- Publicado 2024-04-07 00:00:00
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- Poeta J Sousa
- A Prostituta
- Traducción por: panzas
A Prostituta
A mulher que é prostituta
De ninguém não tem respeito
Ninguém lhe trata direito
Devido a sua conduta
Se chamar ninguém escuta
Com a mínima atenção
Da sua situação
Ninguém não se compadece
A prostituta padece
Tremenda humilhação
Com qualquer um ela deita
E faz sexo sem ter amor
Satisfaz o sedutor
Mas não fica satisfeita
Sem querer se sujeita
As vezes por um tostão
Que também quando lhe dão
Primeiro lhe aborrece
Para poder saciar
A fome ingrata e crua
Vende sua carne nua
Na cama do lupanar
Se obriga a se entregar
A qualquer um cidadão
De qualquer um a região
Que na frente lhe aparece
Ela não é respeitada
Do jeito que as outras são
Na sua humilhação
Ela é muito criticada
Recebe muita piada
Mas não faz revidação
Pra pegar na sua mão
Ninguém jamais aparece
A casa que ela mora
Coitada nada mais é
Que um quarto do cabaré
Onde a fome lhe devora
Aparece toda hora
Macho feio que só o cão
Que lhe leva pro colchão
Se serve e desaparece
Seu consolo é a cigarro
Seu alimento a cachaça
Da sua grande desgraça
Todo mundo tira um sarro
Grito, brado e esparro
Dão nela sem compaixão
Até mesmo um ladrão
Da prostituta escarnece
Do pecado ela é sujeita
Praticando ato feio
Abraça o marido alheio
Leva pra cama e se deita
A qualquer home aceita
Gostando dele ou não
Abraço e aperto de mão
Ninguém não lhe oferece
Falta quem lhe dê ajuda
Sobra quem lhe dê porrada
Por isso vive ferrada
E pra melhor nunca muda
Não existe quem lhe acuda
Quando está em aflição
Fica só na solidão
E sua tristeza cresce
Não casa pra ter marido
Não ama pra ser amada
Não é acariciada
Porque não tem um querido
Vende seu corpo despido
Sem a menor sensação
E até de alimentação
Muitas das vezes carece
Lhe chamam mulher à toa
E também mulher da vida
Ninguém lhe chama querida
Nem o seu erro perdoa
Moça, mulher e coroa
Negam a ela o perdão
Com isso seu coração
De tristeza adoece
Pra não morrer na miséria
Da forma mais infeliz
Nos cabarés do país
Vende a sua matéria
Devido ela não ser séria
E nem ter reputação
Sofre descriminação
Até de quem não conhece
Portanto é muito comum
Ela não ser respeitada
Devido não ser casada
É mulher de qualquer um
Não sente prazer nenhum
Na vida que leva não
Mas essa humilhação
Ela também não merece
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