A Chegada
Meu nome, é humano
Mas meu corpo já não abita nesse plano
Na terra que se mata pra evoluir
Corpos sacrificados pra se nutrir
A vida se prende a mim como doença
Na nebulosa o que morreu foi a crença
Cada dia mais insano
Amaldiçoado, com o nome de um anjo
Eu fui nomeado carrasco
Um gênio saído de um frasco
Vou fazer o arregaço no seu rap de fiasco
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Cada dia um tumulto
Matar o papa, roubar um diamante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Vai na rua presidente e pergunta!
Quem nunca faltou com a conduta?
Pesadelo da postura obscura
Que não tem medo quando passa a viatura
Eu to complexo igual matemática
Minha mente, flutuando de fora da minha casca
Passos a frente em uma nova estrada
Exatas descritas em linhas versadas
Criptografando um novo dialeto
Enquanto vocês lutam com moinho de vento
Vocês me querem lesado, corpo lento
Mas com calma transcendo o tempo
Em tempos de miséria e covardia
Leis colocam na cadeia os que detém sabedoria
Parasitas com carisma
Vocês não vão impedir o cataclisma!
Tudo tem gosto de boldo
No poço com mais um corpo
Nego até mei que incorporô
Pareceu filme de terrô
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