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Um dia bonito pra dar um rolé
Pra espairecer um pouco
Desestressar um pouco, e descansar o corpo
Então, polícia, sai do pé!
E eram e vinte de uma tarde ensolarada
E a gente dando esparro
De bermuda e chinelo, ouvindo o som do carro
Chegou o camburão
Um homem com a arma apontada
Gritava mão no capô, cidadão!
Mas peraí, que eu não sou malfeitor
Sou sujeito de bem
Tô aqui tomando minha água de côco
E o senhor chega louco
Dando esporro a toa, ameaçando dar pipoco
Pedi licença então pra falar
Pois to aqui regular, nem matando aula estou
Não atrapalho a vida de ninguém
Tô aqui pra ouvir um som, ficar de bem
E depois do seu procedimento
E do constrangimento desnecessário
Vem falar que é pra minha própria segurança
Tá achando que eu sou otário
E eram e vinte de uma tarde ensolarada
E a gente dando esparro
De bermuda e chinelo, ouvindo o som do carro
Chegou o camburão
Um homem com a arma apontada
Gritava mão no capô, cidadão!
Mas peraí, que eu não sou malfeitor
Sou sujeito de bem
Tô aqui tomando minha água de côco
E o senhor chega louco
Dando esporro a toa, ameaçando dar pipoco
Foi na porta do parque, pegamos o estoque
Mas trouxe só um fino de casa
Pra andar dentro da lei
Mas se a pele é preta e os dread é lock
Eles pensam aí tem treta, que eu sei
Mas se eu pago minhas contas, quero meus direitos
Eu não quero é que me tratem como um marginal
Então se for chamar de cidadão
Neguin, é melhor que me trate como tal
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