Pedro Ortaça - Bailanta Do Tibúrcio
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- Publié 2024-05-27 00:00:00
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- Pedro Ortaça
- Bailanta Do Tibúrcio
- Traduction par: panzas
Bailanta Do Tibúrcio
Vou contar de uma bailanta que existiu no meu pontão
Indiada do queixo roxo que nunca froxou o garrão
Vinho curtido em barril e cachaça de borrachão
Os gaiteiros que eram buenos davam a mostra do pano
O Carlito e o Dezidério o Felicio e o Bibiano
Cambiando com o Juvenal num velho estilo pampeano
Dona china passou ruge ajeitou bem o cocó
Cruzou o jaguapassô lavou os pés no jaguassengó
Na bailanta do Tibúrcio balanceava o mocotó
Lembranças que são relíquias dos meus tempos de guri
Os pares todos bailando coisa mais linda eu não vi
Um agarrado no outro pra mode de não cair
E lá pela madrugada bem na hora do café
Dom Tibúrcio mestre sala gritava batendo o pé
Agora levanta os home para comer as muié
Milho assado era o catete plantado de saraqüá
Feijão preto debulhado a bordoada de manguá
Bóia melhor do essa lhes garanto que não há
É lá no velho pontão linda terra de fartura
Queijo, ambrosia e melado bolo frito e rapadura
Batata deste tamanho e mandioca desta grossura
Mas que tempo aquele tempo que se vivia feliz
Só a saudade restou lá no garrão do país
Da bailanta do Tibúrcio vertente, cerne e raiz
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