Anos Nús
Todo mal que me protege
A espada faz o herege
E o sensato um pagão
Beba o vinho sem aliança
Pois a paz e a esperança
É a certeza duma vida em vão
Julga os atos pelos cantos
Seu amor consiste em pranto
E na dúvida há o perdão
Um caminho estreito, frio e escuro
Tenho sorte é o fim de tudo
O prego agora está em sua mão...
Vá de retro o beijo é certo
Pois já foi traçado em seu destino
E eu vi que a dor
Só existe para quem procura o alivio
Mas o Fogo já não fere
É o sal que queima a pele
Mas não cega à visão
E do barco foge a lebre
E de nada vale a febre
Não a bem sem contradição
Conta ao pasto pelo campo
Que a dor se afaga ao manto
Vivendo a submissão
Um caminho estreito, frio e escuro.
Tenho sorte é o fim de tudo
O prego agora está em outra mão...
Vá de retro o beijo é certo
Pois já foi traçado em seu destino
E eu vi que a dor
Só existe para quem procura o alivio
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