No século xxi
Sou só um
Sem ninguém
A me conduzir
Desgarrei contra-mão da boiada
Aboiei meu lamento fututo
Nas lembranças de um tempo remoto
Onde eu me sentia seguro
Sou mais um

No século xxi
Só mais um
Não sou mais
Mas vou por aí
Astronauta

Pra quem enxerga a luz, a lâmpada o inseto
A dança que propõe o o impossível
Que move as paixões, promove utopias
Enganos, distorções, microfonias
Poetas veem além da luz, do breu das regras
Me alegra não ser santo nem demônio
Me entrego cego e nu, pregando o desapego

Acorda menino que a vida já grita lá fora
Afine a viola e vá tocar o seu destino
Se atina cretino! Chegou sua hora é agora
Que a vida devora feito filme de Tarantino

Se nada é divino nem maravilhoso ora bolas
Ao romper da aurora pé na estrada peregrino
Que nada vem de g