O luar do meu sertão era mais bonito com você
Como um sol na escuridão você me apareceu
Uma flor nasceu no meu jardim e eu deixei morrer
Hoje as estrelas não brilham mais
Até o sol não tem mais calor
Sem ter você, sem ter você
Estou aqui a te esperar
Pra ver o sol tor

Se um dia eu desse de cara com Deus
E sim a mim concedesse um dos pedidos meus
Pediria pra voltar o tempo
Pra fazer tudo de novo
De um jeito bem diferente
Bem mais caprichoso
Ao meu rebento em vez de chorar, sorrir
Invés de odiar tu darias a mim teu perdão

Dos

Um taco do sertão do meu Brasil
Menina dos olhos de Pernambuco
Não sei ao certo qual a tua origem
Custódia berço, minha mãe gentil

Terra onde pisou Lampião
Seu Jorge no rastro da chinela
Dos poemas de Sevy me lembrei
Com tia Ceiça minha primeira lição

De seu F

Quando o amor existia dentro do teu coração
Igual cacimba limpa, pura de água doce
Que matava minha sede acabando a solidão
Era um espelho refletindo a minha alma
Era uma estrela alumiando a minha estrada
Era o verso do repente que na gente rimou pela madrugada

Faz isso

Eu sou José de tantos na multidão
Eu sou João que cata miséria do chão
Eu sou Maria que trabalha noite e dia
E chega em casa sem um pedaço de pão

Sou Miguel sem um teto pra morar
Eu sou Tereza sem emprego e sem dinheiro
Eu sou Antônio um humilde sertanejo
Nós somos

Mãe ausente fostes para com teu filho
Mas que culpa pra castigo merecer?
Por sotaque qual não soa bonito?
Ou minha pele pelo sol escurecer?
Fui culpado por ser do interior?
Ou gostar de xique-xique e muçambê?
Pelas vestes ou andar de alpercata?
Ou feição não agradável

Um clarão alumiou a noite escura do meu sertão
Em meio a mandacarus, asa branca a contemplar
O brilho alvo e fugaz no meio da escuridão

É um raio? O que é isso? É candeeiro?
É lamparina? É lampião?

Veloz entre a veloz todo mudo viu
Todo mundo ouviu
Que o brilho vi

Só deixou saudade
Aquela linda flor
Igual carnaval passou
E levou alegria

O sol foi surgindo naquela manhã
Meu bloco ainda a passar na avenida
O peito vazio buscando um amor
Quando de repente você me flechou

Um amor que chegou me trazendo um sorriso
Felici

No madeiro foi pregado
Por o seu e meu pecado
Como água se derramou
E seu corpo transpassado

Cravado de espinhos
Nossas dores sobre si
Ele pagou com a vida
Por mim, por ti

No meio de ladrões
E pregado aquela cruz
Sobre si Rei Dos Judeus
Zombaram de

Pro mode que tu existe?
Pra bulir na minha maginação
Pra frever o meu juízo
Pra ariar meu coração
Caçoando meu viver
Mangando da minha solidão

D'hacho pro que tu é assim?
Futuca pra ver meu pená
Tem pena deu, do meu andá
Da alpragata de rabicho
Dos meus

Pro mode que tu existe?
Pra bulir na minha maginação
Pra frever o meu juízo
Pra ariar meu coração
Caçoando meu viver
Mangando da minha solidão

D'hacho pro que tu é assim?
Futuca pra ver meu pená
Tem pena deu, do meu andá
Da alpragata de rabicho
Dos meus

Do pé da serra do sertão pernambucano
Filho genial vingou nesse lugar
De januário a semente floresceu
Mesmo sem chuva pra sua terra regar

Quando asa branca foi embora
Quando a fome assolava o seu chão
Contrariando a posição que lhe cabia
Sua sanfona o fez rei do bai

Hoje não quero flores sobre mim
Basta uma lágrima caída no meu peito
E um beijo de adeus
Se a vida inteira vc me esqueceu

Tantos planos, tantos sonhos
Morrem com meu coração
A saudade vai bater a porta
Tua ficha vai cair
E a vida inteira eu não vou estar ai

<

Nunca sai da minha mente, do meu pensamento
Brilho reluzente, fogo incandescente
Em meios as fronteiras do desconhecido
Viajei dentro de um sonho ou da razão!?
Com a certeza que pra mim. Não foi um sonho
Era tarde de domingo eu escutei!
Trombetas, trovões com medo parei