A essência do samba é tradição
O meu batuque é sedução
Peruche resgata o brilho no olhar
Deixa o povo cantar

Ah, mas que felicidade
Meu pavilhão, amor, paixão
Espalha axé pela cidade
Na antiguidade era culto e ritual
Adoração e poder medicinal
Defuma que abr

Louco é o meu coração
Muito louco por esse pavilhão
Deu chucha na zebra
Faz o povo delirar
Eu quero ver Uruguaiana pirar

A mente viaja, divaga
Na desordenada razão
É tempo de virar o mundo todo
Recriar o reino da imaginação
Insana memória
Fazendo histori

Oh! Tu és a minha inspiração
Da Formiga vem a força do meu chão
A massa Tijucana, Me faz feliz!
Eu choro de emoção, ao ver meu pavilhão
Bate forte coração!

Império da Tijuca chegou!

Na pajelança do tigre vou me entregar
Ao ritmo feroz dos maracás
Nas garras amazonenses me leva
Sou mais um filho do Porto da Pedra

Deságuam delírios das retinas
Desatina o imaginário sonhador
Desbravou o literário em devaneios
Pelos traços dos anseios, na fantasia

Densa mata, sol nascente
À margem do igarapé
Das mãos de oxalá e tupã
De novo a esperança sorriu
Missão: recriar o amanhã
Na aldeia-quilombo brasil
Brincam erês, curumins livres assim
Corpo de urucum, colares de marfim
Guardam pajés e griôs nossa riqueza
Aos p

Babá alapala obá
Sou Bangu menino aganju saravá
Babá alapala obá
Labareda que ninguém pode apagar

O quinto alafim de oyó
Recebe a força dos trovões
O dom de equilibrar o mundo
Olofin te faz guerreiro sentinela dos vulcões
Agô, neto de oraniã
Filho de acajá

No coração da Amazônia
Onde nasce o respirar
Nossa história se mistura
Fazendo a alma cabocla reinar
Quando a cobiça imperou
O dono da terra perdeu seu valor
O sol virou a lua nossa tez se misturou
Do meio da floresta um grito negro ecoou

Só te peço meu senhor

Vem, no caminho eu te conto
Vem, na viagem dos sonhos
Mil e uma noites pra se apaixonar
Estrelas no deserto a nós guiar
Na caravana independente ser feliz, descobrir
Um reino encantado de fascinação
Palácios, mascates, portal da emoção
Marrocos, jóia que me faz sonhar

Vai tremer, o chão vai tremer
É nó na madeira, segura que eu quero ver
Coisa de pele, batuk ancestral
Lá vem a sinfonia imperial

Bateu mais forte o coração
Tocou, senti a vibração
Da áfrica, ressoou
A batucada que se espalha nesse chão
Lua clareia na aldeia, cel

No caminho do amanhã
Obatalá
É a luz que vem do céu
Clareia
Vem de Benguela o clamor de liberdade
Barroca pede tolerância e igualdade

Axé, Tereza
Divina alteza meu tambor foi te chamar
Sua luz nessa avenida
Incorpora a chama yabá
Da magia irmanada por od

Bate na palma da mão, levanta poeira
De vermelho e branco, vou festejar
Na alegria, o batuque é de arerê
Beth Carvalho, o meu samba é pra você

Ê lindo luar
Ilumine as andanças dessa gente
É semba, tambores a contagiar
É samba... Malandro, vadio, valente
Então, a

Laroyê! Exu mojubá
Xeu êpa babá, meu pai oxalá
É sangue africano correndo nas veias
Ecoa o batuque que vem do porão
A voz não se cala na dor da luta
Sou negro no açoite da escuridão
Ê Bahia de todos os santos
Savalu vodun zo” magia e encanto
Na festa de candomblés

Sou do samba que vai levantar poeira
Vem fazer zoeira zoeira
De verde e rosa, barroca é tradição
É festa a noite inteira

No carnaval dos carnavais
Em busca da felicidade
Vou no corso da folia, embalado na alegria
Buscar meu sonho na antiguidade
Serei teu arlequi

Confetes e serpentinas
O show vai começar
Nasci no Rio de Janeiro
Cidade emoldurada pelas montanhas e o mar
Em direito me formei
Pela cultura me dediquei
Fiz eternas amizades, da boemia desfrutei
E só pra lembrar, a MPB eu divulguei

Vou brincar o carnaval no blo

Pode chegar
Traz o pandeiro que eu levo a viola
Vamos lá fazer história na Primeira Estação
É preciso ter vontade, liberdade, pé no chão
Inocência que a alma guardou
Quando o som da batucada invadiu a alvorada, cantei
Fazendo arruaça, sambei
Hoje enfeito os meus sonho

Meu primeiro traço despontou
Na tela branca de Olodumaré
Em minhas mãos o dom que vem do criador
Fiz a paz de Oxalá resplandecer
Linhas se encontram no painel
Destinos são traçados de um pincel
Matizes derramei em aquarela
E assim a natureza se revela
Verde mata d

Vou balançar, vou sacudir
Vou cantar de bem com a vida
Gonzaguinha e Gonzagão, MPB, samba e baião
A São Clemente dá o Tom nesta avenida

Lá vou eu feliz da vida
Pro reino das lindas canções
Dançar o frevo e o Maracatu
Dançar quadrilha ao luar é muito bom
Pernambu

Vou colorir de azul e rosa
Histórias que marcaram todos nós
Bambas de ouro, em verso e prosa
Canta Raquel de Queiroz

A seca castigava o sertão
Aos olhos da menina inocente
Que escreve com a voz do coração
O Quinze tão sofrido desta gente
E vê surgir, uma nova mu

Avermelhou
Devaneia a alma, transcende a razão
Criando meu Éden encarnado
Delirante profeta João!
Desperta à flor da pele o meu desejo
Morder o fruto feito beijo
No paraíso tropical
O bailar sedutor do primeiro casal
Assim a tentação se fez presente
No sussurr

Yabá cantou o chão estremeceu
O corpo arrepiou, a lágrima correu
Oh mãe rainha te ofereço na avenida
A mocidade, emoção da minha vida

Olorum, supremo criador do universo
Teus olhos sofrem com meus gestos
Oh, meu senhor
Ago, meu pai maior
Tanto caos, destruição