Estiagem ao vento e um verso
De repente uma canção se fez
Com saudades e minha viola

Entre acordes e segredos
Melodia e manhãs
Embriagados de desejos
Ensolaradas de prazer

sou beija-flor no teu jardim
sou amanhã pra te guiar
sou uma vida, uma temporada

Eu vou levando a vida a vela
Lá na frente algo me espera
Minha certeza, meu viver
Margeando alegria, tristeza
Sem temer os meus atalhos

Alimentando a fantasia
Fiz sonhar a luz, o dia
Com segredos de cantoria
Com pulsar encantador

A doçura da morena
Que

O reboco caído do palácio de taipa
E os aboios mudos dos velhos vaqueiros
A cerca de vara faz voltas no espaço
Qual bailarina tonta que vai tombar
Na ribanceira do riacho
Assistindo teatralmente ao rasgar das terras
Baila, aos ritmos das enxadas
Longos clássicos de tc

No tempo da escravatura
Pras bandas do maranhão
Na senzala de um engenho
Por nome de ribeirão

Catirina na fogueira
Teimosa e ardilosa
Deseja comer a língua
De um boi chamado viola

Esse boi segue o berrante
No romper de cada aurora
Trazendo sua alegria<

Caminho por aí eu sei
Pensamentos me levam é
Pela estrada do viver
Vou seguindo a vida a fim

Desafio o que acredito
Me arrisco insisto no querer
Como raios reluzentes magia
Uma força uma luz
Que vem sobre a minha cabeça
Me conduz para algo para a vida

He Carajá, Iriri, Amazônia
Mãe Maria mãe gentil
Filha da natureza
He Paranati, Jupurá, Caeté
Com cara de Brasil

Entre a floresta surgiu
Itacaiúnas, Tocantins, Araguaia
Na Igarité cunhã navega
Suas águas, sua solidão
Um Guajajara, um Yanomami lá na mata
É

Se você quiser me ver
Pode vir como vinher
Quero te dar o meu amor
Vou te dar meu coração
Pra aliviar a minha dor
Me entregar a essa paixão

Vou me aquecer no teu calor
Como é lindo o meu amor
Por você meu bem
Te seguir na escuridão
E te encontrar na imen

Teus olhos são dois faróis
São girassóis de amor
Teu cheiro brota da flor
Que um beija-flor beijou

Teus lábios favos de mel
Meu querubim de luz
Teu corpo uma aquarela
Que o amor traduz

Ela clareou meu jardim de amor

Mais um dia de arribação
O beija-f

À vista terra indígena
Abá, curumim, cunhã
Em suas tabas

A raça na cor cântico, canto tribal
Pra um novo amanhã
O cacique da aldeia ensaia a dança
Ensina a lição abaretá fé no muiraquitã

Os costumes milenares
As cores em suas vestes
Pintura na face
Mag

Eu canto para os bichos encantos
Eu canto para os nichos dos santos
Decanto a luz no opus
Peço habeas corpus à vida

Eu canto para marginais eu canto
Eu canto pelas catedrais eu canto
É um boneco de pano
O meu cantar urbano recôndito

Minha língua é o som da amé

Escorre sobre o leito da terra
Um rio, cio natural
No seio da paisagem aberta
Azul do teu quintal

Verseja meu rio
E exalas todo amor que tu tens
Banhando pessoas, cidades
Destina seu curso a seguir

Trilha d’água na serra
Olho d’água da terra
Corre em c

Teus olhos que brilham
Diz de amor me seduz
Qual o mistério da cor
Do olor e do amor

No caminho de trégua
Ver-se luz pelo chão
Fez-se a lua prateada
Iluminando com imensidão

E no bailar do beija flor
O vento assanha teu cabelo
E no cantar do bem-te-vi<

Vem à noite e a luz do luar
Meu segredo vou te revelar
Meu amor teu amor
É primeiro pra gente se ilhar

Se é de dia às vezes sei lá
Fico doido só de pensar
Imagino loucura é teu beijo
Faz me matar

Me envolver com esse teu jeito
Logo em breve querer ti levar

Quem quiser que venha ver
O sol nascer para ver se ainda
Tem coragem de dizer
Que o sonho acabou

Pois enquanto aqui brilhar
A luz que espanta a escuridão
Haverá em cada mente
Um verso, uma canção

Muita gente ainda sabe
Que a tal felicidade
É quem acord

Vens do sangue de todos os tupis
Te criaste na touça do ananás
Tens a força encantada da rais
E a licença do Deus dos orixás
Pra curares de vez nossas doenças
Foi te dado o poder dos vegetais
O milagre de todas as essências
A puçanga dos nossos ancestrais

Cipó-c

Afloram desejos
Quereres por ti
Me emana os sentidos
Como flor em jardim

As cores de um arco
Íris do teu olhar
Refletindo paixão
A senti-la

Como um sol
No meu caminho
Como as águas dos rios
Correndo para o mar

Lava-me e leva
Minhas mágoas

Não quis sentimento o fim
Talvez esquecesse do sim
Do amor foi tudo pro fim
Minha vida continua sim

Você, você sem mim
Você, você sem mim

De tudo, de tudo que foi
Jamais voltará jamais
Do amor foi tudo pro fim
Minha vida continua sim

Você, você sem m

No mar onde ondas se faz
Correm rios a desaguar
Como a vida que se renova
Somos todos transeuntes
Navegantes, velejando
Barco da vida

Sou! Agora um pouco e a vida
Não sei o que trará pra mim
Vou! No compasso e descompasso
Tocando minha sina
Traçando meus

O rio descendo ladeira abaixo
Vai e leva minha tristeza
Leva contigo magoas
De um cantador me trás
Outra certeza

Uma esperança verdejante
De quem por ventura desvendou
Sigo cantando, guiando meu destino
Sei que sou
Viajante, viajante ,viajante
Nessa estr

O pássaro sem pauta, é a música que falta
Ao músico da flauta, piano e viola.
Seu canto é um encanto, da fauna e da flora
Que mágico é o pássaro, cantando em compasso
Sem ir a escola

Borboletas em flores, visitando as cores
E a voz dos cantores violinos do ar
Recol