Debulhando pinha se repontam sonhos
Se fala do tempo e do amor antigo
Debulhando pinha se debulha a alma
Nas frias noites calmas de viver contigo

Em tempos de antanho que a história registra
Me embrenhei nos ermos desses matagais
Dos campos serranos de pastagens ralas

Minuano tironeando a venta dos tauras
Relincho de baguais faíscas ao vento
O brado terrunho do punho farrapo
Num bate cascos medonho ao relento

Peleando em favor da pampa
A pilcha sovada em tiras
Marcando fronteira provou lealdade
Livrando os trastes da campa
Na

Correu notícias que um gaúcho
Lá da estância do paredão
Tinha um cavalo tordilho negro
Foi mal domado ficou redomão

Este gaúcho dono do pingo
Desafiava qualquer peão
Dava o tordilho negro de presente
Prá quem montasse sem cair no chão

Eu fui criado na lida de