Eu já fiz minha viagem
Já passei em sua terra
Conversei com sua mãe
Na casa branca da serra

Eu já dei o seu recado
E vi lágrimas correr
Sua mãezinha é viúva
E depende de você
Oh! Caminheiro
Faz meu filho compreender

Ela me disse chorando
Em soluço

Carro já não é luxo
É uma necessidade
Ajuda em nossas tarefas
No sertão e na cidade

Também em nossos passeios
No convívio da sociedade
No volante do meu carro
Aonde eu passo deixo saudade

Na poltrona do meu carro
Quantas proezas eu fiz
Quantos amor pas

Um dia sorrindo parti fui embora
Naquela casinha deixei alguém
Que a chorar me disse porque vais agora
Deixando sozinha quem tanto quer bem
Olhe esta aliança que trazes no dedo
Retrato sagrado de um juramento
Que juntos fizemos aos pés do senhor
E ele abençoou o nosso

No céu à noite eu vejo a Lua
Vejo as estrelas remover no além
Aqui na Terra eu não consigo ver
O, o meu querido bem
Aqui na Terra eu não consigo ver
O, o meu querido bem

Chega os domingos saio pelas ruas
Com o meu carro sigo a rodar
Eu encontro as colegas dela

Esta noite eu tive um sonho
Que jamais esquecerei
Sonhei que tinha ao meu lado
A mulher que tanto amei

Assim vestida de noiva
Comigo aos pés do altar
Parecia que era um anjo
Que eu ia desposar

O sino tocava alegre
Naquela hora sagrada
E ao som da Ave-M

Nasci no sertão e vim pra cidade
Trazendo vaidade no meu coração
Hoje distante eu sinto saudade
Da felicidade lá do meu rincão

Quando o Sol nascia eu ia pra roça
E minha palhoça ficava vazia
De tarde eu voltava e vinha cantando
A Deus ofertando os trabalhos do dia</

Como é bonito
Nossa vida lá na roça
Morando numa palhoça
Num ranchinho beira chão

Como é bonito
O romper da madrugada
Canta alegre a passarada
Ao despertar o sertão

E o roceiro
Que mora no seu ranchinho
Salta cedo do seu ninho
Vai pra roça trabalha