Passeando na memória
Alcova e fotografia.
Rasgamos nossos desejos,
Orgasmos nos felicitou,
Sublime futuro nascente.
O amanhã fez-se hoje e saciou
Nossos corpos e mentes.
Gentil momento abraçou-nos,
Entrelaçando sorrisos....
Libertando sentidos....
Acarici

A noite é um pavio
Dentro do meu coração
Chama, paiol, desafio,
Ponto final, solidão

Paixão imagens,
Atos, fatos, fragmentos
Em fotos, discos, mensagens,
Prosopopéia momentos

Deusa, estilo heleno-clássico,
Na sutileza, riqueza, o contorno típico
Da sil

Este bocejo da noite é banzo
Engasgando profecias na senzala
Como as mãos da África, África,
Silenciou no adeus

"Atabaqueia" atabaque distante:
Axé, agô-iê, axé com fé....

Esta força, raça, canta e luta
Como Zumbi nos Palmares lutou.
Este gemido do açoite na a

Quando as asas da masmorra extrapolam a carga do tédio
E a nata da escória fere o stricto sensu da Justiça,
E da pedra germina o homo sapiens sem anestesia,
E da missão faz-se o poeta endêmico de venturas:
É tempo de resistir, é tempo de transmitir,
Voz e verso, ao chão que n

Aquilo que o bacharelismo destina
- Não me dou -
Dou-me apenas á esquina
Dos bares onde o padrão engasgou

Dono do abandono e do ponteio
Recito a navalha do receio
Num convite à esperança:
Poema cotidiano, sofrimento mudança

Em cada copo afundo
Pedaços enf

Um só João, José e Tião
No bate-estaca a mesma opinião?...
O futuro cimentado nos olhares
Esboçando "status" de carência milhares...
Cativar tijolo sobre tijolo resta
Raspando pratos, sonhada mesa em festa...

Quando a sirene se esconde
E a solidão urbana
Bate

Sobre a varanda do tempo
Debrucei meu pensamento
Na tela da memória
Estampo a camponesa
Em prosa e poesia
Como dote da beleza
Seu todo é sinfonia
Regendo a natureza
Fulgor igual primavera
Quando habita e cultiva
Arco-íris de quimera
Tão cativa, tão nat

O Papo de Esquina virou carnaval
Como antigamente, sem-mídia, é conquista
Do povo na rua, batuque raíz, tal qual
Praça Onze, história revista.

Folião na avenida, memória encontrei
Samba, marcha, pierrô, colombina,
Confete, serpentina, palhaço e rei,
Papel Teoria,

Carroça: Sou uma carroça e vou puxando só
todo o Poder de um senhor sem dó.

Povo:Usa-me carga, tristeza tamanha,
levando o povo feito de barganha.

Povo: Carregamos esta aldeia
Cuja vida desnorteia
mente consciente havida?

Povo e Carroça: Somos o resto de uma est

Carta de palavras poucas
E premissas loucas
Carregando florescer
Enviando acontecer

Carta que revigora segredos
E caduca os medos
De intimidades infinitas
E saudades benditas

Carta sedutora do teu verde regaço
Despiu-se mulher, poema vermelho
E amarel

Passeando na memória
Substantivos da vida
Encontrei a trilogia:
Música, mulher e bebida
Na cartilha boêmia

Um jeito tão menina,
Vaidosa, traquina,
Seu senso é poesia:
Mistério-folia

Despe o ventre na noite
Da sobrevivência,
Seu estandarte é o açoite
No Palco carência

Tem no cantar o soluço
Do grito da rua,
Não aposenta seu sonho
No manto da lua

Mo

Colcha feita de retalhos
Tão linda quanto
Minha amada
Cuja saudade
Costura os carinhos
Que trocamos e rasgamos
Na paixão vivida
E guardada no coração

Um crime, um time,
Um batuque todo dia
A massa, a raça
No repique fantasia

Sob a lona do silêncio o bóia-fria
Qual grito preso na garganta da miséria
Lá vai a fome, vai a crença, vai coragem

Há o milagre de promessas no passivo
Que na esmola do mendigo faz-se

Voltaste
Quando minha memória
Seguira esquinas vadias
Sob a chuva que fazia lama
Da poeira do teu senso e morria.
Por que chegaste e me acovardaste?
Teu corpo, teus seios, como roçaste
Nos meus delírios e dos desafios zombaste.
Tua boca transmitiu seu vermelho

Ela semeou meus espaços,
Saciou seus fracassos,
Enfim.

Ela remexeu meus receios,
Confessou seus delírios,
Enfim.

Ela revirou meus anseios,
Sussurrou seus abrigos,
Enfim.

Ela velejou minhas normas,
Rabiscou seus castigos,
Enfim.

Ela traf

Estou sozinho
No corpo, no fardo, na força,
Vim te soluçar

Estou sozinho
No canto, no pranto, acalanto,
Vim te lamentar

Estou sozinho
No beco, mendigo, castigo,
Vim te festejar

Estou sozinho
Profano, mundano, engano,
Vim te transitar

Estou

Deusa dissidente feita aos engodos
Dos desejos, ora às lágrimas espalmados
Possessa calma meus nervos agitando,
Doando sais em tudo que busco esmolando

Adentro olhos moldados aos óculos da vida
Onde avivo meu festejar futuro
Na voz acasala uma flauta tal nirvana contid

Porrada levei
Porrada levo
Porrada
Somente porrada!

Esmo no primeiro beijo
Sofismo às troças
Confusa sujeira

Atiro-me aos abismos
Céptico surrealismo
Tabus abortar

Só me visitam no Natal!
Desejam Feliz Ano Novo!

Tropeço
Caio
Levanto

Peguei carona na poesia
Numa tarde que chovia
No ventre da solidão

Plantei um verso no arco-íris,
Do meu sonho fiz raízes,
Sentinela da paixão

Caminho à estrada do teu destino,
Sou amante peregrino,
No solar da emoção

A força santa da natureza
Deu po