Supostamente é a hora em que Sol nasce, lá
Supostamente supõe-se que o frio passe, daqui
E tudo isso num toque de bola
E tudo isso num passe de craque
E tudo isso num passe de mágica

No horizonte o céu insiste em não ser mar
Enquanto os raios penetram frouxos sem queima

O Sol ainda não havia raiado na janela do meu quarto
Na janela do meu peito
Na janela da minha própria razão

Baratinado, sorvi o cheio que pairava no ar
Ventos inquietos uivavam
Uma ausência teimosa em se dissipar

Este é um álbum de pandemia
Fotografias que atrave

Passe glitter pelo seu corpo
Carnaval também o ano todo
Gente brilhando é tão bonita
Dançando ao som do bateku

Pira de quem fica parado
O beat é diversificado
Contagia até os caretas
Que vão ao som do bateku

E as forças normativas
Vão se torcendo para acei

Eu quero ver a sorte dessa boca torta
A sorte dessa boca que falou de novas modas
Negou o grande boi que estava escrito na minha linguagem
Disse que eu sou órfão e refém de Catirina

Que não quis ouvir a reza do mar
E o canto das sereias
Cuidado pra não se atar
num m

Pensando em saciar
Minha sede de ver você
Lhe mando um oi pra saber
Se aquele rolê
Ainda dá certo
E qual a hora
Melhor agora
Pois quero-lhe

Ahhhh, e a gente passando uma tarde em mangue seco
Mexe a memória

Ahhhhh, banho de mar descarregando e misticism

Não tem de ter drama, não
Se hoje eu sou Paulo
E ontem fui benzinho

Não seja por isso, não
Me dê um sorriso
Diga que há carinho

Eu quis te encontrar nos meus medos de sempre
E viver um absurdo contigo
Tu me deste a mão a provar que não estive sozinho

Mas

Epa, epa, epa, doida
Faz de conta que é mais sã que eu e vem
Que a gente pode ser superbacana
Rodar o mundo sem sair da cama
Fazer uns planos de casa e família
Pagar promessa pro santo de fé

Que a gente pode cantar desafinado, sim
Contraposto ao bom gosto que quer n

Ô, faz teu nome
Bota gosto nisso
Que eu quero sentir tua aptidão

Larga esse papo
De eu não danço um trisco
E arrisca um passo
Aqui nesse salão

Vai, que só de tu tentar
Me dá satisfação
Tira a mente do lugar
Embarca no refrão

Vai, que só de tu ten

Eu ouço grilos Hitchcock
Aperta o peito e o ar me foge engatinhando
Em seu lugar, quem não fugiria
Sufocante a alegria de respirar

Embalo a rede de um lado a outro
É mais um dia
É mais um dia
Uma quimera, quem sabe uma pantera
Passa por baixo e mia

Passa p

Hoje tudo vai bem
Meu bem
Levanto cedo
Pé na bike
E me vou pedalar

Hoje tudo vai bem
Meu bem
Vento na cara
Sinto a mata
Dos tupinambá

Hoje tudo vai bem
Meu bem
Rogando forças pro universo
O bem vai prosperar

Hoje tudo vai bem
Meu

Escorre uma lágrima luz
Sou um buraco real
Sou uma ausência cordial
Angústia que arde em mim

Escorre uma lágrima luz
Alegoria do pai
Que sem poltrona ou casa
Não comanda nem a si

Perto de ti sou um menino
Querendo mimos
Te ter aqui parece um dia
Fo

Leve como breve
Tua brisa
Despretensiosa, sem palavras fora
Desafia num balanço
A ordem posta e floresce
Floresce

Pois que o nascer do sol
Enfim se fez sentir
Ao afastar de mim
A maldade dos bons

A rua em mil personas
Mundo vasto mundo
De inten

Farto do mundo em que pisou
Num desacato ao pudor
Despiu de si os medos
Que inventou

Corre que todo jeito aqui e ali se dá
Transcende ao tocar o chão
E se o desengonçar da ilha te enlaçar
Mostra o teu vigor de Iansã

Os pés na madrugada que hoje te trai
Pre

Um passo que travo
Não posso parar
Medito, inspiro
Que eu vou desfrutar
De um beijo do céu
Um beijo do céu

Mergulho teimoso
Prefiro arriscar
E nado nas águas do meu próprio mar
Até não dar pé
Até não dar pé

E porque o Sol corre no horizonte
Um

Um beijo na boca do estômago
E um soco no centro da alma
Teu ego a inundar
A minha solitude

A cama do quarto minguando
Me arranca dos dias os sonhos
Desejo cansar esperar
A trégua da cobiça

Te entrego a devoção do corpo
Cuidando do que é meu
Pra força

Logo no primeiro dia veio a agonia
De não ter aqui
As mãos e todo o resto

E pelo segundo dia foi se costurando
Ao peito a paixão que já batia abafada

Mas foi no terceiro dia que explodiu canção
Versando de um quadro que havia virado
Somático

Quarto e quinto

O special power mais forte é o beijo
Um manifesto de amor
Força que se espraia por territórios
Que ninguém irá supor

E tudo que pode se construir
Dos laços que emanam entre as gerações
E tudo que pode se derrotar
No protagonismo de um só coração

O special powe

Tão só
Na saudade de casa
Tô só
Engolindo meu pranto
Um rio
Que me afoga por dentro
Eu tento chorar
Preciso chorar

Tão só
A saudade me abraça
E eu vou só
Distraído da vida
Um vadio
Que caminha sem rumo
Melhor que parar
Não posso parar

Eu tou que tou
Se é com você eu vou
Eu tou que tou
Favor, não se envaideça
Se a minha carne fraqueja
Só de pensar no teu sabor

Nada acontece na vida ao acaso
Tudo entre nós dois é embalo, embaraço
E é você
Que jeito de ser

Pense num desgosto
Que é

Vadiagem pratico
Resistência ancestral
Mangueando na vida
Eu driblo quem me faz mal

E vivo sob o Sol
Queimando sob o Sol
Protejo minha moleira
Meu orí vai me guardar
Meu ori vai me guiar

Trabalho, mas não vivo
Somente pra trabalhar
Até vendo minhas