Eu quis partir e você deixou
Filho acorda que eu já vou
E me deixou
Eu voltei a dormir pra não afogar

Se
Seus pés marcassem as notas
E me deixasse as cordas
Eu teria o que cantar

Não aguentei te ver à deriva, até sumir

Pois eu lembro quando me levantei

Agora sim
Me dei por mim

Agora eu tento
Não é difícil
É só pensar num paraíso
Além do mar

Eu vi o sol chegar
Corri pra ver partir
É a arte pra disfarçar
Pra quem fugir daqui

Se fosse contagiante assim
Percebi no seu olhar
Como uma arma é você e irá
Disparar

Ontem eu aprendi recordar
Hoje eu aprendi a esquecer
Não sei quanto tempo se foi

Mas há, o tempo
E uma ilusão que arrasta
E joga em lugar nenhum
Porém não sou só um
Contando as horas

Mas há, o tempo
Entre o vulcão e a lava
Que queima o amanhecer
Foi quando eu vi você
Com pressa de embora

No espaço entre eu e seu andar
Sem querer apagar o próprio chão queimou as letras
Foi sem mim e deparou, com a sombra de um lugar
Que eu já não sei se ainda estará lá

E o tempo seu que começa no final da manhã
Quando chover e o céu se avermelhar
Quando a sua trilha enco

Estrela-anã derramou chorar
Vida que soa em vão

Vou com a alma dispersada, entre o dia e a madrugada
Até a linha de chegada

Fiquei com meu pavor
Você me segurou
E a roda gira, roda gira
O mundo gira, tudo gira
Ao seu redor

Me olhou assim, com desespero
Que só compreende a alma
Palavras doem, não te lembras?
Aquela voz é fantasia
Fantasia

Não há o fim
Eterno é o elo de quem sente saudades
E seu eu sair
É pra depois voltar
Oh luz do olhar
Por quê te afasta
É o caminho, e

Nos colocou num elo antigo
E implorou pra não contar
Fiquei com a massa em vão
Afim de opinião
Nos colocaram pra rezar

E se gritar conte comigo
Só tenho medo de engasgar
Já hasteei o brasão
Mas nosso capitão
Insiste em recuar

Todos queimados e sem abri

Máquina louca não pude ver
Roubou a estatua
Jogou pra fora
Queimou a TV

Não incomoda
Mas faça crer
Esqueceu a faca
Longe no nada, cadê você

Não sei se vai nascer um amanhã
O louco dessa vila já acordou
Não sei se vou te ver um outro dia

Me traz d

Se eu nadar em um mar de solidão
E me afogar nas emoções da vida
Se eu naufragar, foi bom de longe ver o seu barquinho
Se eu voltar como mordidas de tubarão
Tonto de insolação, com vida

Se eu voltar, estende de longe suas mãos para mim
Se eu evaporar na onda ou no calor

Ah, quando vejo é manhã
Quando vejo já foi
Quando vou acordar, sem do sonho esquecer
Sem tentar entender, o tempo, a alegria e o som
Eu quero te encontrar deixe um rastro qualquer

Ah, minha vida se vai como nunca se foi

Ah, quando vai acabar pra começar o show
Que

Abra os olhos, fecha os olhos
E o que vê?
Diga apenas uma vez que é você
Tente me explica a razão
É por glória ou vai embora
Louca menina
Cicatriz involuntária, adrenalina
Caminha para trás sem saber o porquê

E se molhou com as lágrimas de Odisseu
Eu pergunt

Não consigo entender
Como faço pra descer
Se tudo que eu vi
Ainda vai acontecer

Eu vi demais

O sol de março apareceu
E quis ficar
Eu vim do infinito
E passo devagar

Antes de te ver
Ouvi a sua voz
Que me fez escolher
Ser um albatroz

Eu v

Vi dias depois
Passeei por sombras
É sempre confuso o fim do verão

Ela vai até o fim
Desenhando a areia
Suas mãos não chegam mais

É como ver em um tela a vida
Como não sentir o chão
Vai levando o tempo em suas mãos

Você é o calor, se eu sou navio
Preso no gelo
Que desespero esperar
Derreter
Com velas ou lampião

Lar, que se desmancha no ar
Quando caminho a sonhar
No meio da multidão

Lembrei
Do viajante lunar
Quando tentei navegar
No meio da escuridão

Mas

Congelando os olhos, escondeu a lanterna
E não deixou mais o sol entrar
Mas a vida é um vapor
No meio desse mar
No meio desse mar
No meio desse mar
Eu vi o tal herói, que lutando contra feras
Fecha os olhos e começa dedilhar