Se você é aquilo que veste
Te tomo por objeto do meu desejo
Minha doença sexual por um beijo
Você que me excita e me enlouquece

Sou bravo, sou forte, sou filho da morte
Treinado pra não controlar meus impulsos
Aprendi que tu és objeto de uso
Seja submissa, não abuse

Enterrem as barricadas
Seu líder se tornou piada
O esquerdista-social-democrata
Agora desfila de terno e gravata

E te fizeram esquecer
Com a doce omissão da TV
E o que era contra o estado
(Agora) é facilmente fabricado
Sutilmente modificado
Três vivas aos al

Sou aquele que te traz a boa nova
O fim dos tempos está longe
Mas teu pé já está na cova

Levanta a cabeça
E presta muita atenção
O que eu digo já foi dito escrito e lido
Em outra geração

Mas nunca adianta te falar coisa nenhuma
Seus olhos, seus ouvidos tão ime

Quando você está desaparecendo
E nada parece dar certo
Tudo perde o sentido
Sem ninguém por perto

Só as incessantes sombras da solidão
Que te confortam e te dão abrigo

Todo o ódio concentrado em você
Não, não vá se perder!
Pois os sonhos nunca irão parar
D

Estou com os debaixo
Ofendidos, esmagados
Desvalidos, humilhados
Condenados, mutilados

Do Panamá ao Paquistão
Em Honduras ou no Sudão
A lei é imposta e não há quem possa
Não

Sabedoria na cabeça
Ritos antigos, perenes culturas
E crescerá a revolta e ago

Me sinto entediado num sábado a noite
Nada de interessante pra fazer
Os livros debatem o martelo e a foice
O som no talo tentando entreter

Tiros na rua, não é seguro sair
Mas que se foda, eu não tô nem ai
Correr riscos é a minha especialidade
Atos de vandalismo pela

Vou viajar até o céu
Cheio de vômito e garrafas vazias
Putas saudáveis dormindo ao léu
Lembrando o que não se quer ver todo dia

Mesmo que te derrotem
Nunca se curvar
Afastando a hipocrisia
Mais um gole, algumas palavras

A dignidade de quem não tem nada a perde

Acontece quando sugam sua vida
E brincam com sua boa vontade
Da raiva emerge a coragem
Gritos abrem mais uma ferida

E o sujo se torna traido
E o traido, humilhado
Melhor que aceitar calado
Vendo o vinho virar vinagre

Somos apenas pares
Na dança do ódio

Sempre os outros
Nunca você
E você se acha tão perfeito
Todos somos hipócritas
De qualquer jeito

Tentamos mudar o mundo
Mas não sabemos o que fazer

Cataboom plam e a palavra se quebrou
Estava escrito em algum lugar mas se apagou
Enquanto você não sabe se existiu
Ou se você apenas não dormiu

Você baba na fronha
Molhado de estupidez medonha
Seguindo reto
Olhando pro teto
Um sentido incerto

Só você seus

Mete gasolina e deixa ela queimar
Menina metida tem é que sangrar
Ordem estabelecida, sempre a discriminar
É uma nojenta, pela futilidade irá pagar

Sempre na moda, adora copiar
Não importa a procedência
É a primeira a aceitar

Já enchi disso
Produção sem cérebr

A venda nos olhos
A espada na mão
A honra inerente
Posta a leilão

Justiça, stripper gogo dancer
Justiça, e ninguém é inocente
Justiça, sempre incoerente
Espalha a discórdia por onde for

Por vinte anos cê vai estudar
Todas as regras vai aprender
Pra que

Claro escuro
Lusco fusco
No verão
Já são quase
Vinte horas
E quase morto
Quase vivo
O belo e o triste
A dor e o amor
Juntos agora
E para sempre

Ao mesmo tempo esclarecido
Tão perto da razão pura
Ao mesmo tempo escarnecido
Flácido murcho,

Quanto você paga pra viver nessa bosta
Preso no que não acredita, não gosta
Alegria? É um espasmo entorpecente
Você é obrigado a parecer o que não sente

Os sonhos são castigo
Prefiro nem sonhar
Mas é claro que o sol vai voltar
Amanhã pra te queimar

Todos os seus sonhos
Embalados pra você
Igualzinho você viu na TV

Já são sete horas é hora de acordar
Hora de entrar no trampo pra se escravizar

O relógio não para
O tempo é seu desafio
São seus melhores anos escorrendo a fio

Exibindo o emblema, o uniforme e

Meliantes oficiais
Malacos policiais
Organizam jogo sujo!

Tortura, extorsão, medo
Fardados ou a paisana
Loucos pra nos meter em cana!

Paranóicos despreparados
Robôs alienados
Plantando flagrantes
Sob a voz do comandante
Cagão atras da insignia
Mata

Eu quero tudo
Que eu posso ter
Do meu jeito
Perfeito
Menos você
Não vai resolver
Vai se arrepender
Se me desafiar
So sei ganhar
Não assumo
Se eu errar

E se não for
Assim
Eu vou gritar
Vou te culpar
Espernear
Apelar
Ate do meu

Sempre te fizeram acreditar
No comunista João Goulart
No sempre certo doutor Roberto
Na queda dos juros, no país do futuro
Que tudo sempre vai dar certo

Sempre te fizeram confessar
Que beber é melhor que lutar
Que a igreja vai te salvar
Que a justiça um dia vai

Navegante dos mares da arrogância
Ódio cego, alimenta seu ego
Na tirania de sua dominância
Vangloria tudo que nego

E quem disse que era pra ser assim
Entre juízos e intrigas
Buscando rusgas sem fim
É tua própria mão que te castiga

Minha cooperação!
Tua com

Tão te empurrando goela abaixo essa cultura de odio
Intolerancia e preconceito são um bom negocio

Um bom argumento nao se compra na black Friday
Conhecimento nao se compra na black Friday
Conhecimento não se compra!

Atomizado, nazi-morto
Na sua zona de conforto!