Quais os sonhos que deixamos para trás
Pela vida indomável e voraz
Em um tempo tão difícil de entender
Que existe muito mais do que se vê

Nossos dias passam quase sem notar
O mundo que ainda está por lá
Nossas noites mal dormidas na ilusão
Na esperança que a mudança

Do seu pranto fez se o mar, tão sedento, desaguou
Afogando seu olhar num deserto tão extenso
Inexpressivo ao seu redor
Como a torre de um farol

Do seu brilho fez se o Sol, incandescente, apagou
O sorriso que lançou entre as sombras que iluminam
Depreciam seu pesar
O

Qual regime incoerente ocasiona amor
Institui e condimenta com tanto sabor

A sensação, o ser, o brio, o esplendor
Se no principio, meio ou fim, só entrevou

A vertente se alimenta de puro prazer
Da cobiça, do declínio, do desvanecer

A sensação, o ser, o brio, o esple

Hoje acordei pensando em você
Na fria chuva do seu amanhecer
Em toda lágrima que derrubou
Contra essa chama que não se apagou

E enquanto tentar se iludir
Saiba que não vai conseguir

Eu fico aqui a olhar o mar
Para minha mente tentar superar
Todo o vazio que se

Acordo tarde por fugir da dor que
Amplifica por todo meu ser
Posso sentir que para me convencer
Não há nada que possam fazer

Qual a melhor coisa que faço
Sendo que vocês não deram nem sequer um passo

Há muito tempo venho planejando
Um caminho para percorrer
Sã

Quantas vezes eu realmente tentei não me ferir
Dentro desse furacão onde sempre estou a colidir
Em pétalas e espinhos, de rosas que plantei
No mais frio e obscuro, âmago que nunca encontrei

Pelas ruas sem abrigo, nessas noites quentes de verão
Onde corro o perigo de vagar s

Ao cair da noite onde está você
Fico imaginando se ainda vou te ver
Tantos desencontros podem depravar
Toda minha mente está fora de lugar

Olho nos seus olhos, sigo, sem pensar
E já não percebo que estou a sonhar
Esses sentimentos fazem entorpecer
Tudo o que vejo pa

Pelos mangues, pelo porto
Do distinto ao sinuoso
Por me dar o que posso comprar
Pelas ruas, pela chuva
Da desgraça à ternura
Por não reprimir o meu pesar

Quanto devo, por favor?
Diga quanto devo, por favor

Pelos becos, pelo acesso
Do andaime ao concreto

Não consigo ouvir o mundo ao meu redor
Quando lembro que o seu eu ficou tão só
O que se foi, o que se foi?
Pra onde foi, pra onde foi?

Seu sorriso, a alegria no viver
Toda cor que era parte de você
Por que se foi, por que se foi?
Pra onde foi, pra onde foi?

Ca

O conceito já nascia torto no inconsciente social
Um impulso inconsistente dominado pelo caos
Uma ideia tão furtiva, primitiva, sem porquê
Nessa vala coletiva onde julgam seu querer
Tão jovem

A vigia era pertinente como se fosse essencial
Num sistema corrosivo que promo

Ele não sabe, não entende, não distingue e não crê
Atravessa a rua ao ignorar, fingir que não te vê
E ignora como esmola, a promessa, o dever
Que é de usufruto, só que não para você

Ela ameaça, extravasa, não enxerga posição
Se é o rico ou pobre, não importa
Se é o erra

Eu me sinto tão cansado, não pareço existir
Como um velho relicário, esquecido por aí

Do que vale todo meu suor
Se a premissa é cada vez mais só
Adormeço pensamentos tão profundos num viril
Que estraçalharei

Ao reerguer a torre rumo ao céu
Ao dissolver relíquias e

Reviro minha mente, mas não sei onde estou
Parece que a insensatez foi tudo o que restou
Da decadência que estamos a comprar
E consumimos dia a dia sem parar

Com olhos famintos não se preza por ninguém
Olham para você e tiram tudo o que tem
E faz acreditar que para ser

É um novo dia o Sol nem raiou
E em sua cama sei que não se deitou
Pois já vi sua mentira acontecer
Abre as portas com o seu olhar
Em seu sorriso tudo vai ocultar
Você sabe bem como fazer

E tudo ficou tão fácil, do santo ao pecado
Explorar suas mentiras é só o que qu

Vai! Explode o grito e dilui a sanidade
Vai! Transforma em fúria o que te faz transpirar
Sinta o momento, acelere, esqueça os freios
A batida é perfeita e o motor não vai parar

Um coração enjaulado não espera por milagres
Não consegue respirar
Vive a inércia dos fatos