Um dia estava em casa
Meu pai e minha mãe sairam
A empregada foi na padaria
Comprar meu pão de cada dia
Então fui me deitar
e acabei logo dormindo
Mas quando eu acordei
Não me lembrei de nada
Ai ai ai meu deus
O que me aconteceu
O Mundo está perdido
E

A música também se anuncia
E anima outros animais
Recupera frequências de Vida
Transmitidas por outros canais
Nos ventiladores jogados
Laminando nova sintonia
A música também se anuncia
E anima outros animais
Que incluem no seu dia-a-dia
Velhos comportamento

Sonora semente nativa
Berço da poesia regional
Pandeiro de boi que cativa
Ecoando no fundo de um quintal
Matraca balança
Matraca boi dança
E Levanta poeira
No meio da coroa
Matraca boi dança
E levanta é praiera
O meu boi morreu
O que será de mim

Cai o Crepúsculo
Vem a noite me afogar
O carvão já ta na brasa
Tô querendo me apaixonar
É no crepúsculo da noite
Que eu vou te encontrar
É no crepúsculo da noite
Que a tua saia vou arribar
Menina teu carvão na brasa
Já virou fogueira
Menina se eu te pego n

100% Teresina
100% Piauí
100% Parnaíba
100% rio Poty
Mandaram chamar
Queriam ver
Tamo aqui
100% zona norte
100% bariri
Mandaram tocar
Escuta só
Ouve aí
Esse é o movimento forte
Do oiapoque ao chuí

Tô criado morcegos
Meus radares pifaram
Ando em vôo meio cego
Minhas antenas captaram
Lembranças quase eternas
De inuteis estacas do nada
Morcegos na madrugada
Voam por minhas cavernas
Por minhas cavernas
Tô criando morcegos
Aranhas, roedores e esquilos

Na coroa do rio Parnaíba
A fumaça comia por riba
Surubim boy nadava e pescava
como se banhasse de cacimba
angico branco, aguá pé e canarana
carnaúba caía e rolava na lama da crôa do rio Parnaíba

piau de côco
piau de vara
mandubé, mandi, bodó e a iara do rio

Procurando nas têmporas do destino
Eu encontrei a magia nordestina
Onde vinha tazida pela areia
Desembocadas nas lágrimas de um menino
Força essa que vem lá da lavoura
Encravada na mão de cada um
Pedem a todos os santos uma terra
Acompanhadas da lágrima do Senhor

Não se importe com quem bebe,
com quem fuma, com quem fode, com quem cheira,
com quem deixa de cheirar
la comunidade vive em harmonia todo dia
seis da manhã
fazer caixão
cortar cabelo

lavar roupa
cortar pêlo
vender litro
fazer unha
fazer roça

Somos loucos
Quando todos estão de cara
E ficam Loucos quando eu faço a minha máscara
Ela é minha pele para farda de poesia
Confeccionada em alegria
Sinta voçê a propenção da canção
Confissionados com a missão de harmonizar
As palavras de dentro vêm do seu cantar

Já não há peixe na rede
Já não há verde no mato
Já não há morte pra sede
Já não há feijão no prato

Não lugar, só há promessas
As frentes de emergência
Enquanto isso o povo reza
E pede benção a excelência

E o próximo ano (se chega lá)
É igual ao ano passado

Viajando pelas ondas do rádio
Kilohertz ondas certeiras
coisa boa assim nunca vi
hoje tem Roque Moreira
vão se levantando os muros da construção civil
onde ja se viu
ensaio debaixo de um pé de manga
com os pés no chão eu vi

A minha vida é um drama de cinema
Tenho um filho e um dilema que vem me encomodar
A noite o menino se tranca no quarto
A mulher desconfiada fica logo a perguntar:

Que fumaça é essa que sai pela janela?
É nada não mulher, fumaça de sentinela.
Que fumaça é essa que sai pe

Em vez de rosa colhi uma flor
No sertão de pé de mandacarú
De pé no chão com cheiro de amor
Segredo piauiês em um baú
Velho Monge artéria principal
No coração de quem é pescador
Voz do além traz cultura regional
Voz da roça trabalho e muita dor

Sou um pobre trabalhador
Trabalhador de Teresina
Sou um pobre trabalhador
Sou vendedor de cajuína
Tô esperando o mês de setembro
Pra pular a quinta alheia
Escapando de tiro de garruncha
Escapando de ferroada de abelha
Pra pegar cajú da pele amarela
E cajú da p

Já tive tua imagem
Em palavras de amor
Oculto entusiasmo nervoso,
feijão verde na vagem
Teu beijo tímido e doce
Soou na minha vértebra
Como se fosse o desejo da carne

Abre-me os dentes
tua fugida verve que me ferve
me ferve fúgido túgido de calor e gozo