Enquanto os verdes mares
Forem limpos
Claros como o céu azul
A noite púrpura
Assentada como um véu
Nos olhos vermelhos
No corpo nu

Desenho com a mente
A tua presença magra
Vento polo-sul
Adaga que me corta
E que me cega
Tempo remói as coisas velh

O tempo passa
E as horas vão dançando ao redor de mim
Meu rio deságua
E vou me distanciando do que eu era enfim

Eu precisava de um caos de um novo time
Eu delirava você, continental

A raiva passa
E eu sou velho e lhano como eu vi no fim
Meu berro espalha
O

Às vezes tudo me dói
Me arde a paciência
E eu já não sei mais
Aonde tudo se esconde
Do que a alma se alimenta
E já não há paz

Voa mente
Ave rapina
Voa mente, ah
Coração rasteja e se assenta
Sobre a essência cheia

Eu vejo tanta gente
Procurando

Demora pra chegar aqui
Demora pra chegar
Mas quem se encontra aqui
Não sente medo
Não sente medo

De amar o tanto quanto ri
De amar e de sorrir
Porque o encontro é pelo
Aconchego
Pelo aconchego

Me invade em pleno abril
Delírio febril
De uma zelo

Chorei
Na encosta da manhã
Cedo, logo cedo
E vi
A tarde chegar
Carregando um cortejo
Um peso

E quando eu vim notar que era ontem
Já passavam dias
E quando eu naveguei na maré grande
Não havia agonia

Que a pressa é pouca
Me disseram que você ia

Desabafar
Com você
É maior do que um
Inteiro

Que cabe dentro de mim
Que cabe dentro de mim
Que cabe dentro de mim

Sossego é mais
Que um farol
Satélite bobo
Faceiro
Se esconde na sombra, jasmim
Se esconde na sombra, jasmim
Se esconde na so