Eu tenho o meu valor
Respeite a minha cor
Só quero paz e igualdade
Sob a luz de olorum
Uma história de atitude
A Mooca é a voz da negritude

Ecoa o clamor da resistência
A negra voz que ilumina a consciência
Tingindo de preto os palcos de marfim
O sonho de pa

Luz! a mocidade é luz
Iluminando à avenida!
É a fé que nos conduz que faz acreditar!
No meu pavilhão mais uma estrela vai brilhar!

La vem a morada do samba
Não posso conter a emoção
Um sentimento domina o meu coração
Os olhos não veem
Mas não se pode negar
A

A Pompéia vem cantar
Nosso sonho é bem maior
Plantando a semente do bem
Pra colher um Brasil melhor

Eu sou de uma escola de samba
Que pisa forte, amor verdadeiro

Voa Águia de ouro
Meu maior tesouro é ser brasileiro

Vem de lá dos porões
Das caravelas, de

Tá tudo azul de novo! É hora da festa!
A cara do povo sou eu e você
Solte o grito forte da garganta pra dizer
Sou Nenê!

Axé olodumarê! Africanidade que me guia
Duas terras, mesmo Sol, herança multicultural
Egito de todos os deuses
A Vila vem te exaltar
Sagrado é

Volto às pilastras da história
Do caos à trajetória
De grandes pensadores
Mesmo talhado na pedra
Ainda me negam antigos valores
O maior mandamento é o amor
Que o nosso senhor nos ensinou
Se um dia na mesa faltar o pão
É hora de fazer revolução
Ê fogueira
É

Ooo tem kizomba no terreiro
Ooo salve o samba verdadeiro
Sou raiz de gente bamba e não vou negar
A mooca é o meu lugar!

A luz do candeeiro alumiou
Me faço um griot aos pés de um baobá

Sou eu quem chora o açoite
Na sombra da noite, quem singra o mar

São tanto

Nasci lá no interior, a padroeira abençoou
(Nossa senhora)
Sou filha da simplicidade, do amor e da verdade
Desse povo sofredor
Eu sou o cantar da passarada, a passada da boiada
E os versos do cantador
É bem cedinho amor! O despertar no interior

Bota água pra ferver

O samba de verdade mora lá na Vila
Com todo respeito
Eu quero ver segurar!
Lugar melhor não há, pra se viver
Curitiba vem nas asas da Nenê

Vou voar na imensidão do céu
Descortinar o branco véu
No mais lindo sonho azul
Conhecer a história da estrela do sul
O

É hora de usar a consciência
Porque tanta resistência
Tá buscando o próprio fim?
Um refém de sua ignorância
Pobre filho da ganância, esqueceu de mim

Pare, pense, se é isso que eu mereço?
Vai pagar o preço por me maltratar
Tá faltando ar no seu pulmão
Falta água,

Firma no batuquegê, camará
Ê camará, ê camará!
Carrego na alma a coragem pra lutar
É Obará quem conduz o meu destino
Caminho consagrado no ifá
Sou filho da noite, Odé Odé
Fiel soldado, corpo fechado
Um dia, fiz revolução
Batalhei por igualdade no horizonte da naçã