Me lembro bem do seu olhar
Naquela manha que eu te vi
Podia ser em qualquer lugar
Mas estava la onde eu sei

Tudo vai mudar outro lugar eu já pensei
Num rumo na vida e na alma da gente
Tudo vai outro lugar eu já nem sei se vai mudar
É a vida é a alma é o mundo da gen

Aviso aos brasileiros atentos
A tempestade passou por aqui
Toda calmaria
Num instante deixou de existir
Eu tô na boa

Eu sou da paz
Sempre ligado nesse pensamento
Então me lembro de um marinheiro
Navegando imenso oceano
É, a gente quer paz
É, a gente quer

Na vida nós lutamos e sofremos
Então achamos que aprendemos
Ao certo ninguém é correto
Só sabemos que vivemos

Quanto mais penso e reflito
Acabo chegando a conclusão
Que ainda não sei de nada
Pois vivemos em construção
Que ainda não sei de nada
Pois vivemos e

Amanheceu o dia
Eu sinto no vento,
O perfume da flor
Que em saudações primeiras
Vem saudar quem tem amor
Vem apagar tristezas
Só lembrar do que foi bom
E caminhar no tempo
Deixando no peito,
O sentido da flor
Pois amanhã será nós dois
Um romance
So

A amizade sincera
É um santo remédio, é um abrigo seguro
É natural da amizade
O abraço, o aperto de mão, o sorriso
Por isso, se for preciso
Conte comigo, amigo, disponha
Lembre-se sempre que, mesmo modesta
Minha casa será sempre sua

Amigo
Os verdadeiros amig

O gesto que agradece o dado
O ato que engradece o fato
A luz que guia o meu sapato
O passo
É um laço

As grandes pedras do caminho
A sensação de embaraço
A intimidade de um abraço
O pacto
O rapto

As coisas do mundo
Vão se traduzindo
E o tempo é

Levo a canção
Meu violão
Levo alegria ou não
Levo a paixão
Meu coração
Levo a tristeza ou não

Vou viajar por aí
Roupa vai na sacola
Botas no embornal
Me abraço com a viola
Separo açúcar e sal

Sigo a picada na direção
Das águas claras ao estradã

Peço a Deus que te ilumine
Tenho uma notícia triste
Olhe fundo nos meus olhos
Estarei com você
Não se esqueça dos momentos
Imagine uma canção que eu não sei

Atemporal, atemporal, atemporal
Eu pensei atemporal

Todos nós crescemos juntos
Tantas coisas te ens

Cidadania é uma anemia aguda,precária e infecta
A gente aqui não vale nem um soldo
Não somos livres, mas estamos soltos
O mundo girando e a gente percebe bem rente dos olhos
Guerrilhas, tocaias armadas, corra, o crime assombra e assola
Crianças nascem mal amadas, já deletadas

Eu venho vindo de uma querência distante
Sou um boiadeiro errante
Que nasceu naquela serra
O meu cavalo corre mais que o pensamento
Ele vem no passo lento
Porque ninguém me espera!

Tocando a boiada
Auê-uê-uê-ê boi
Eu vou cortando estrada
Uê boi
Tocando a

Encosta sua cabecinha
No meu ombro e chora
E conta logo suas mágoas
Todas para mim

Quem chora no meu ombro
Eu juro que não vai embora
Que não vai embora
Que não vai embora

Encosta sua cabecinha
No meu ombro e chora
E conta logo suas mágoas
Todas pa

Venha ouvir cantar o amargo da vida,sob a luz do luar
Plantei a chegada, marquei o terreno, cheguei bem sereno pra te levar
Noturno de prata vai viajar
Bahia, ouro preto,eu chego já
Venha degustar o tempero da lida, e se não gostar
Sem essa confessa, não, não, não, não, não,

Cante a canção, pra mim,voar solidão
Lua ser tão, sem fim,cante a canção
O tempo é tão pouco, voar em direção
Parece louco amor,mas não é não
Tão pouco...
Seus olhos me guiaram, dois anjos serenaram
E eu segui cantando, fui beirando o ribeirão
Seus olhos desviaram, do

Eu tenho um cavalo preto
Por nome de ventania
Um laço de doze braças
Do couro de uma novilha

Tenho um cachorro bragado
Que é pra minha companhia
Sou um caboclo folgado
Ai eu não tenho família

No lombo do meu cavalo
Eu viajo o dia inteiro
Vou dum estado

Lá vai uma chalana, bem longe se vai
Navegando no remanso do Rio Paraguai

Ah, Chalana sem querer tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas vai levando o meu amor
Ah, Chalana sem querer tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas vai levando o meu amor

E assim

A saudade corta meu peito
Não tem jeito
Entra pelo canto
E se espalha no vento
Quando o sol brilhar de manhã
Pode ter certeza
É natural da beleza
O amor poder pulsar

Cai a chuva forte na varanda
Molha a rede
E meu pensamento te chama
Te chama
Cha

Composição: Marcelo Barbosa / Fábio Caetano

Conta um causo de guerra
Um causo de terra
Coisas de pescador
Causos de crença e costume
Paixão e ciúme
Coisa de amor

Causo de tudo que é jeito
Ninguém põe defeito
Por medo ou por fé
De casa mal-assombrada

Nas estradas do sertão andei, andei
Andei uma vida inteirinha
Em minha solidão
Abri muita porteira
E tanto coração
Meu caminho é contramão
Eu sigo
Sigo pela beira
Vou sem direção
Um cantador de feira
Segue a multidão

Nunca tive medo do desconhecido

Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espalham
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai

Ai quando eu vim
Da minha terra
Despedi da parentália
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras par

Duas igrejas incendiadas
Fim de tarde fria
O povo se uniu
Veio tiro, porrada e bomba na madrugada
Batalha assim, nunca se viu
Sociedade em guerra
Pedindo paz
Em nome de Deus, Alah, Buda e Jah

Reflexão perene
Sintomas são diferentes, natural
Ser a soma co