Durante tanto tempo foste a minha companheira
E eu andei sempre a teu lado mesmo quando em multidão
Foste amiga,irmã e amante quase a minha vida inteira
Quantos copos esvaziamos no vazio da solidão

Mas então ela surgiu,veio então devagarinho
Não pensei que ela ficasse,que d

Quando chegavas
Pro chimarrão
Batia forte
Meu coração
Se teus olhares
Eram pra mim
Ficava preso
Num louco festim
Minha paixão
Era bem assim
Explodindo-se
Dentro de mim

Ave migrante
Prenda bonita
Por onde vais
Por onde vais
Ave mig

Não há caminhos que nos suporta
Pensar que a morte vai terminar
De pés descalços pisam miséria
Perdendo a vida neste seu andar
Por onde vai esta melodia
Falar de um povo,esperança e luz
Onde a igualdade perdeu as maneiras
Ninguém protege ninguém nos conduz
Viver d

Me perdoa prendinha
Se eu cheguei de relancina
Dando cancha à mulher madura
Escondida na noite escura
Dos teus medos de menina

E eu te perdoo prendinha
Pois sem motivo ou razão
Assim também te chegaste
E mui matreira furtaste
Um naco do meu coração

E s

Deus,chega de andar por aí
Levando as melodias que escrevi
Nas minhas canções
Deus,chega de andar deste jeito
Com tamanha dor no peito
E sem paz no coração
Chega de andar por aí
Procurando o que eu perdi
E talvez o que não tem
Dói em saber tudo o que fiz
M

Riacho que corre vazio
Ontem foste um rio,um potro mal domado
Hoje corre calado
Quase não se vê
Mas pra mim te rever
É de olhos fechados

Riacho que corre vazio
Num lamento vadio porque se a vida não pára
Me mostra o sorriso
Da cachoeira
À mesma maneira

Lá vem eles desbravando estes rincões
Tão irmanados a pialar sem clemência
Vêm da serra nas patas de cavalos
Abrindo atalhos pra buscar remanescências

Estes moços tão valentes,quanta estrada
Quanta saudade quando faz lembrar os ranchos
A trotezito heira?Heira é mais um

Cavaleiros de Santa Cruz
Pé no estribo,ligeiro senhor
Galopando no rumo do sol
Que a liberdade chamou

Quantos rios,matas e montanhas
Cavalgando pela natureza
Desbravando a casco e garrão
Vou crescendo com tanta beleza

Vento,vento
Conta pro mundo
Que vã

Ficou as cinzas
Nos solais do coração
Ficou saudade tão somente
Desta paixão
Ficou o calor e o sabor
Dos beijos teus
Ficou na boca palavras roucas
Naquele adeus

Largo meus sonhos
Deixo a saudade
Se aquietar
Neste tum,tum
Do bate peito
Eu não

Na beira da praia
Eu te conheci
E um castelo de sonhos
Erguemos ali

Na beira da praia
Entre o céu e o mar
Por breves momentos
Brincamos de amar

Trocamos carinhos
Matamos desejos
E um gosto de sal
Ficou nos teus beijos

São os amores de areia e

Existem coisas que marcam
São fatos que fazem viver
Ao lado de quem não esconde
Tudo o que tem a aprender
São lutas que trazem de novo
O mesmo povo com suas razões
Por motivos de sobrevivência
Na questão de respeito
A seus corações

São homens que andam perdi

Tomei um trago pra matar as mágoas
Que o destino cansou de fazer
Perdi amores na querência xucra
Caí de lombo sem saber porque
A vida maula e bem traiçoeira
Pega de jeito quem não sabe andar
Plantar bastante sempre foi bem pouco
Na correria de tropel de loucos
Sal

A vida passa e deixa rastros pra quem sabe
Quem conviveu com a lida campo afora
Um cusco manso que traçava meu caminho
Hoje eu ando sozinho
De tristeza e de saudade
A lua cheia que rondava ao pé da serra
E o cruzeiro que mostrava aqui é o sul
Era o clarim o meu galo c

Quando nas rodas de mate
O silêncio se aprochega
Com lembranças tristes
Dos velhos galpões
Dos estancieiros
Dos cavalos e ginetes
De um bom tempo
É a solidão
A prosa se vai
E talvez se chega a noite
Entre o som dos grilos
E do clarão do luar
Os pen

Carrego nas mãos
As marcas de ontem
Já perdi o medo
Pois aprendi
Aprendi a ser valente
Neste meu caminho
Muitas vezes sozinho
Mas cheguei aqui

Levei manotaços
Pois a vida é rude
Lutei como pude
E não me entreguei
Sem primaveras
No meu peito t

O canto que eu canto
Vem de dentro de mim
Porque todo meu canto
É sempre feito assim
Meu canto terá pranto
Se tem rimas charruas
Prostitutas,mendigos
Loucos órfãos de rua
Se tem versos amigos
Sentimentos em flor
Pra quem mora comigo
Meu canto é de amor

Mãe é teu filho que canta
Por favor não te espanta
E prestes bem atenção
Mãe aqui é diferente
Na ilusão de tanta gente
De viver sem coração
Mãe por favor tentas entender
O que eu fiz foi por você
Mesmo sem o teu abraço
Teu carinho mãe
Quanta falta eu sei

Mulher que nasce dos ventos
Na alma de qualquer poeta
Mulher que encanta mil sonhos
Na pureza de quem interpreta
Te fazendo verdade
Na leveza do amor
Engrandecer-te é preciso
Prenda mulher minha flor

Prenda mulher
Do sonho ao abraço
Nos campos da vida

Está frio
Muito frio
Aqui dentro
Este silêncio
Chega até me devorar
Quanta busca
No vazio
Destes momentos
Um sentimento
Fazendo águas rolar

Molha o rosto
Gela a alma
Tudo chora
Tristeza tu vai embora
Por favor me deixa aqui
Dói o peit

O silêncio aperta o peito
Fazendo eu sofrer
Léguas de saudade eu tenho
Do meu bem-querer
O mate é tão amargo
E sem sabor de vida
Os sonhos já morreram todos
Com o frio da despedida
Quando cai a tarde
Sinto um vazio dentro de mim
As noites são tão delongas<