Vagueia na noite estrela perdida no céu

Estou a procura da chama astral
Da imensa parede coberta de aço
Ilusão da matéria cratera no espaço
O brilho incontido
A fonte do mal
Mazela eterna antinatural

Terra

Vagueia na noite estrela perdida no céu

O que

Minhas pernas estão tão cansadas
É, eu sei o quanto eu andei
A lama que sai de meus passos
Não é de tão longe, é mesmo daqui

Desta vizinhança, é o pó da partida
Que trago comigo sob os meus botões
Nos dedos que abriram milhões de portões

Hoje eu estou de volta

Branca Maria me diga o tamanho do seu coração
Cedo ou tarde, é noite, é dia, é dedicação
Ao seu redor gira um mundo de gente
Que ama, que vive, que sente

Que é só você desde sempre Maria
A essência dessa união
Que há de ficar

Branca Maria de poucas palavras
Me

Desanoitecer, desanuviar
Se entorpecer a luz do novo dia
Ao som do Carpiah

Havia algo estranho
Pra lá do meu quintal
Havia um boçal estampando a capa do jornal

E o cidadão errante
Ao invéz de espreguiar
Foi la bem certo
E sentou o dedão no celular

Ci

Ouvi seu canto nos becos, nos morros
Nas bocas das minas, nas velhas esquinas
Bebi tua voz que cantava nas fontes
Nas lágrimas tristes das pobres meninas

Que já não colhem mais, não colhem mais flores
Que fogem do vento e temem o tempo
Ouvi teu canto na voz dos meninos<

Há uma esfera no infinito
que é tão bela quanto um grito
que ecoa pra calar a voz

Ah! Essa esfera que é tão bela
tem seu nome como Terra
água, barro, esculpindo nós

Ah! Essa esfera em teus olhos
Tem seu corpo como abrigo
e nos meus olhos um amigo que seduz em

Lavei os olhos e não mais vi a fumaça
Que de graça cada dia me tirava todo ar
Agora limpos os meus olhos claramente
Viram as cores que ainda vivas eu pensava repousar
A sete palmos sob a terra improdutiva
Aonde ainda agora viva floresceu o impossível
Um arco-íris, sete vi

Água da montanha que nasce misteriosamente
Se embrenha pelos vales levando a força pra semente
Água que cai do céu quando Deus chora de alegria
Faça do verde esplendor deixando a Terra inteira em harmonia

Água que leva meu corpo do extremo norte ao extremo sul
Olha o coraçã

Marimbondo vem fazer sua casa
Em minha asa za za za, sai azar marimbondo
Vem fazer no teto o que é correto
Eu já sou torto e solto e louco
E não posso te morar
Ou vai curtir a bananeira
Quem tem eira, eira eira eira e eu

Não tenho eira nem beira
Não tenho eira

Dentro da baleia mora mestre Jonas
Desde que completou a maioridade
A baleia é sua casa, sua cidade
Dentro dela guarda suas gravatas, seus ternos de linho

E ele diz que se chama Jonas
E ele diz que é um santo homem
E ele diz que mora dentro da baleia por vontade própria

Eu já estou com o pé nessa estrada
Qualquer dia a gente se vê
Sei que nada será como antes, amanhã

Que notícias me dão dos amigos?
Que notícias me dão de você?
Alvoroço em meu coração
Amanhã ou depois de amanhã
Resistindo na boca da noite um gosto de Sol

Num d

Encontraram a natureza morta na parede
E algumas folhas espalhadas pelo chão
Vestígios de manchas vermelhas pela sala
E as marcas feitas do passado em suas mãos

Não era morte, era a vida...
Pendurada na parede procurando uma saída
Não era o fim nem o começo
Era um m

Há nuvens no céu
Que um dia foram brinquedos aos olhos de uma criança

Pensam serem livres ao léu
Mas escravas do vento bloqueiam a luz

Quando menos se espera elas retornam a terra
A esperança floresce ante a espreita da fera
São como gotas de hera ou como bombas na gu

Chocalho de cobra é picada
Ferrão de abelha é também
Caminho na mata fechada
No peito fechado de alguém

O gosto da cana cortada
Colméia tem mel, mas também
O sal tá no gosto da estrada
No choro do olhar de quem vem

Vem, vem, vem olhar pro sol
Vem secar o m

Veio da terra e brotou a erva
Nasce, enterra e seca ao sol do meio dia
Via que me leva ao anzol
Me puxa o dente, covardia

Me serva a mesa já sem sal
E sabe lá pra onde se ia
Se um dia peixe mar afora
Ao mundo adeus, estou indo embora

Peixe fora dágua nesta vid

Ê mundo grande sem porteira...

Vara de pesca na mão
Faço da espera ligeira
Fisgando estrela no espaço
E cometa rasteiro a levantar poeira

Ê mundo grande sem porteira...

Faço de isca uma balão
Da lua minguante a peixeira
Fisgando estrela no espaço
E comet

Ê mundo grande sem porteira

Vara de pesca na mão
Faço da espera ligeira
Fisgando estrela no espaço
E cometa rasteiro a levantar poeira

Ê mundo grande sem porteira

Faço de isca uma balão
Da Lua minguante a peixeira
Fisgando estrela no espaço
E cometa rast

Vira poeira, vira fogueira
Vira poeira, fogo fogueira
Vira o chão, vira fogueira
Vira o chão, vira poeira de carvão

Caiu da luz da manhã, luz de um novo dia
Brotou nos olhos sementes regadas de sal
E compreendeu o formato exato do que se via por perto

Tão certo o dia invadiu a noite sagrada
Mãos postas veladas com o coração aberto
Ao instante seguinte segundo sonhado por nós

E assi

E aí? como é que tá?
Como vai você? Tudo bem?
Então! É isso aí, falou!
Até a próxima, te vejo por aí...

Se é por pura educação
Eu não lhe tiro a razão
Pode passar que eu não vou lhe responder
Se a tua preocupação
É apenas uma saudação
Mude o caminho, ou entã