Desvenda e revela
Acenda aquela vela
No quarto ou no quinto (dos invernos)
E tira os nossos ternos de preferência agora
Pra que eu não vá embora hoje, nem amanhã
Só domingo talvez
Um domingo de algum mês

Talvez eu me dedique
E fique até a próxima estação
Ou

Amanhece no mangue
E a insignificância de um grilo
Pousado numa folha seca
Desperta minha atenção

Tudo faz mais sentido na manhã do mangue
Tudo faz mais sentido na manhã do mangue
Tudo faz mais sentido na manhã do mangue
Na manhã do mangue

Sou feito de água e

Do mar eu levo a brisa e o barulho das ondas
Pra subir as montanhas e descobrir o cerrado
O curral de pedra, o arame farpado, a exceção da regra

Aqui se refaz a atmosfera sobre um mar de ondas verdes
Que estático espera o céu vermelho de outono
Cuja estética espelha paz e c

Vou carregar a lua nos olhos
Pra iluminar meus caminhos e atalhos
Chão de folhas tão velhas

Vou carregar o céu na minha boca
Pra esconder todas estrelas loucas
Cadentes e carentes

Na busca incessante pelo o que move
Na busca incessante pelo o que move

Eu pro

Calado como um calafrio
Na calada da madrugada
No escuro junto ao nada
À espera da alvorada
Pela pele e pelos pelos
A epiderme leva epifanias
E as noites não se cansam
Dessa transa com os dias

Desse encontro nascem ocasos
Acasos, orgasmos, policromos
Jun

Desenhei pessoas de sorriso largo, de sorriso solto
Decorei a casa toda com quadros pintados por pessoas loucas
Que queriam descobrir o mundo através do som
E queriam viajar mais rápido que os sonhos
E queriam gritar mais alto que o som das cachoeiras mineiras

Mas encontrei