Vou deixar aqui marcado
O que penso, o que sinto, como sou
Vou viver, vou dar risada
Quero ver o céu, quero ver o Sol

Não querem ter marcas de expressão
Pobres narcisistas que aqui estão
Procurando respostas em recipientes de cremes faciais
Resistindo em vós como no

Vou lutar pra ter você de volta
Vamos mudar nossos destinos agora
Vamos mudar

Demonstrar tristezas e revoltas
De deslumbrar nossas riquezas lá fora
Vamos demonstrar

Batalhar faz parte do seu jogo
Pra suportar seria o ópio do povo
Pra suportar

Revogar as

Entre os convívios, os meus amigos, os meus amores, de onde são?
São de São Paulo

E as alegrias decorrentes dos meus dias, de onde são?
São de São Paulo

São os amigos na calçada a conversar
São as luzes da cidade em meu olhar
São as gotas da garoa a me molhar
São

Vou pro meu trabalho, tenho que pegar a condução
Pois eu não tenho carro, como o resto da população
Sempre atrasado, corro pra alcançar a lotação
Ônibus lotado, muito tumulto na estação

E nesse itinerário, no meio do túnel, o trem parou
Vejo que sobrou até pra mãe do condut

Onde estará a nossa segurança?
Se são seres humanos lá fora
O que faremos agora?
Intolerância, vemos isto todo dia
Desconfiança, tenho medo da polícia
Da polícia

Não restará um pingo de esperança
No esgotamento das horas
Descobriremos que agora
Necessitamos

Vou voltar, vou renascer do fogo
Renovar o ar, vou precisar de fôlego
Pra voar, pra ver um mundo novo
Pra sonhar, pro bem do ser humano

Se eu contar, vão me taxar de louco
Vou mostrar, vou cativar o povo
Vão gostar, vão deturpar um pouco
Vai mudar, vai, perder o seu

Não tenho tempo pra você
Não tenho tempo a perder
Vou batalhar, vou ser alguém, você vai ver
Tenho que trabalhar
Tenho que estudar
Eu tenho que fazer
Eu tenho que vencer

Não tenho tempo pra você
Não tenho tempo pra você nem pra ninguém
Vou batalhar, vou ser