É água de rio descendo em corrente
Caminho que vai dar no mar
Beleza e brilho força e leveza
É o beijo de Oxum e Iemanjá
Com toda a leveza em seu afluente
Refúgio eu fui encontrar
Com lírios e rosas, perfumes e joias
Pra elas eu vou me enfeitar

Venham para me ba

Desde Lá
De além mar
Alakan, pra suportar
Nos fez malungos
Sob a bênção de Olokun
Pra não restar medo algum
Protegidos pela espada de Ogum
Estamos vivos

Se é guerra o que nos resta
Resistência é o poder do meu povo
Alakan com quem luta e protesta
E f

Ah, tantos tentam me convencer
Me transformar em outro ser
Me dão parecer
Para eu ser padrão
Nessa conversa eu não caio, não
Ah, deles sempre ouço dizer
Que tão querendo saber
Sobre o pente que me penteia
E essa resposta eu não dei, não
Na minha cabeça nada é

Ó, Mãe
Eu vim do rio
Eu vim do rio
Vi Osùn a se banhar
Ó, Mãe
Como é bonito
Como é bonito
O brilho de seu olhar

Ó, Deus
Eu fiz promessa
Eu fiz promessa
Pra um amor ela me dar
Vou correr beira de rio
Beira de Rio
Pra de novo encontrar

A moça nascida na roça
Tá na fossa na cidade
A moça nascida na roça
Tá na fossa na cidade
Coitada da Cida
Nascida na cidade
Coitada da Cida
Nascida na cidade
Sua vida é só descida
Compa decidida
Compadecida
Compadecida
Se padece Cida
Cida compa

A mão que bate o tambor é feminina
A mão que bate o tambor é feminina
E a força da nossa voz
Ecoa firme e veloz
Mostrando que o amor em nós
Nunca termina

A mão que bate o tambor é feminina
A mão que bate o tambor é feminina
E a força da nossa voz
Ecoa firme

Em cada estrela nua
Na imensidão
Do céu azul flutua
O meu coração
Protejo na neblina
Meus amores vãos
Projeto na retina
Mil embarcações

Vira mar e mar é
Seu balançar
Seu sorriso a florir no meu olhar
É beira de renda a fluir
É sereia na areia a s

Pra estancar o sofrimento
Que num lamento já te ouvir cantar
Tão sem talento pra enxugar seu pranto
Só trouxe um canto pra te acarinhar
Deixei do lado da escrivaninha
Uma mudinha de manjericão
Procê plantar e se lembrar de mim
Do lado do pé de capim limão

Pega a

Tempo que faz renascer
Do pé de flor à esperança
Tempo de espera, cansa
Tempo de contar compasso

Tempo é ritmo
A batuta do futuro
A ferramenta da história, o lápis

Tempo que cura feridas
Tempo que aperta o passo
Na pressa das horas cheias
Tempo de cheg

Incerto sei, será talvez
E a vida se desfez
Nos nós que o amor não deu
Será que o amor morreu
Ao se livrar de nós
E desfazer a paz
O amor que era demais
Um delta, grande foz
Secou

Então, do barro se refez
Solo pra rebrotar
Amores sem prisão
E dei