Era noite de breu
Sem luar no sertão
Uma caminhada com Zeus
Por que depois da novena
Cumprida a missão
Era um pressentimento
Uma coisa a toa

Olha o facho de fogo menino
Queimando na gameleira
Então, olha o facho de fogo menino
Que queima na gameleira

Quando você disse
Que podia compor
Uma canção pra mim
A minha melodia
Já estava na garganta

Eu poderia cantar um si
Si, si, si, si
Se eu estivesse disposto
Negando a vontade que me dá
Só de te olhar

Me abri, li e reli
Tudo que você lembrava
Era

Eu piso em solo fértil
Pra força não cair
Senhor pai de Aruanda
Fez o povo sorrir

Jiboia vem girando
Cantando pra subir
No manto dos meus prantos
Fez a gota cair

A corrente de Aruanda
Vem no corpo do tambor
E de baixo pra cima
A cobra encantou

Todo fim tem um começo
Eu não sei pra onde vou
Me firmando no caminho
Rei das pedras é Xangô

Toda flor da natureza
Traz motivos pra celebrar
Descobri no meu destino
Poesia em iorubá

Se o mar ficou apertado
Para peixe e moça nadar
Traz dos profundos enc

Eu tô na roça
Da Maria perdida
Que sofria na vida
De não ter o que falar

Seu jeito calmo
Silenciava o sono
Dos cometas e raios
Que vinham a lhe julgar

A saia de cabeça pra baixo
Com a calma nos olhos
O amor vinha cantar

O canto
Da sereia na t

Eu vi o menino na beira do cais
Eu vi o menino na beira do cais

Eu vi fazendo força
Eu vi beijando a moça que não quis me amar
Eu vi fazendo graça
No meio da praça, na escuridão

Eu vi o menino na beira do cais
Eu vi o menino na beira do cais

Olhei pra ele e

Mundo gira, gira mundo
Segundo Minas Gerais
Ouro preto, preto sangue
Folia em Bananais

Escravo negro, escravo Índio
Baiana e acarajé
Camburi e capoeira
Eu mato a cobra e mostro o pau

Os moleque são teimoso
Os moleque são teimoso
Os moleque são teimoso<

Mar azul
Céu azul
Berço de Iemanjá
Sol amarelo
Rei dos deuses de ontem
Rá, Apolo, rei dos homens

Vênus de amor
Nascida da espuma
Imperatriz de flor
Ilumina todo céu em meus quadris
E me leva pra ver
O Futuro que me espera

Lança de Ogum
Filh

Sei de você
Mas não posso lhe dizer
Sei que o amor
Chegará para nós
Sei das estrelas
Que se encontram no mar
E o ar
Que respiramos juntos
Na noite de luar

Da magia
Vi nas cartas
Silêncio da imaginação
Uma cigana me disse
Olha nós dois, vixe!<

Quis tentar viver sem sandálias
E vi que os pés na água do mar
Na beira da montanha
Foi o que eu fiz
Há tanto tempo atrás

Com os pés descalços
Voei alto
E caí na contradição
Que me valia tanta mágoa
Há tanto tempo atrás

O desejo vão
Peito forte, me

Entrei em transe
Transeunte de asfalto
Uma trança em cem
Drama sem ordem
Silêncio que me amordanhava

Morbidosignobeisperdidosnabordademoveimoveis
Guturais

Maldizem
Daqueles que saem dali
E que vem do além
Seguir cada pé descalço
Seguir com a imagem

Acanhado
Olho cinza
De poeira na estrada

Fragilidade Viril
Bem adocicada
Um pote de mel
Derramado no chumbo

Falta cabe-lona
Armada no gramado

Tira um chumaço dessas ervas
Pra me limpar

Chama Xamã do Chá