Eu não sou cacto pra ter espinho
Mas moro na caatinga pois sou nordestino
Não perco folha quando estou na seca
Mas choro rio de lágrimas com alguma perda

Eu não sou fixo aqui no chão
Mas tenho as raízes presas no sertão
Eu choro dia e noite se o riacho seca
Mas brot

Ô flor
Faz tanto tempo que não ouço a sua voz
Aquele lance que aconteceu em nós
Foi o destino que traçou na nossa vida

Saudade
Da tua voz sussurrando em meu ouvido
Falando baixo quando tava distraído
Palavras de amor pra me deixar feliz

Preciso
Que me apar

Terra seca, chão rachado
Planta morre no roçado
Cai a folha sobra espinho
Um deserto no caminho

A tristeza do nordeste
Faz sofrer cabra da peste
Mãos calosas de labor
Descem lágrimas de dor

Não tem água pra plantar
O riacho a secar
Peixe deixa de viver

Eu nasci no interior e fui para cidade
Estudei e batalhei pra hoje ser doutor
Minha vida de vaqueiro era bem pesada
Madrugava e trabalhava até o Sol se por

Tinha velhos companheiros nessa caminhada
A cabaça, a espingarda e o meu senhor
Nunca desisti do sonho de ir pra c

Aqui no pé de serra
Basta o toque do pandeiro para a reunião
Eu junto a galera
Logo já esta formado
Nosso forrózão

O povo todo espera
A Jaleco tocar xote
Para a multidão
A zabumba bem esperta
Batendo no compasso
Do meu coração

Seu Luiz e sua sanfon

Lembro do meu tempo de menino
Quando tudo era lindo
Tempo bom que já se foi

Lembro que dormi com a passarada
Quando era de madrugada zoava carro de boi

Lembro quando a chuva era pesada
Rio perene não faltava
Ô saudade que me dói

Lembro de meu pai com a sua e